Na madrugada desta terça-feira (21), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagrou no município de Ilhéus, uma operação que cumpriu 6 mandados de prisão, 6 mandados de condução coercitiva – quando as pessoas são obrigadas a prestarem depoimento – e, também, 27 mandados de busca e apreensão, em residências, empresas e prédios públicos.
A operação, intitulada “Citrus”, visa combater um esquema de fraude, superfaturamento em licitações e contratos municipais; entre os presos está o vereador mais votado em 2016 com 2.330 votos, Jamil Chagouri Ocké, que já foi secretário de Desenvolvimento Social da cidade. Além dele, foi preso Kácio Clay Silva Brandão, que é ex-secretário da mesma pasta. Cinco dos alvos dos mandados de prisão foram encaminhados para o Presídio de Ilhéus, com exceção da única mulher da quadrilha que foi conduzida ao Presídio de Itabuna, segundo as investigações, ela atuou como laranja do esquema.
As investigações do MP se iniciaram em 2015, quando foram constatados indícios de superfaturamento em processos licitatórios, como em materiais de escritório e gêneros alimentícios. De acordo com o MP, a quadrilha que foi alvo da operação já agia desde 2009, as suspeitas é que a organização criminosa que foi desarticulada teria lucrado em torno de R$ 20 milhões, com o esquema.
A Prefeitura de Ilhéus divulgou uma nota informando que a operação é referente às gestões anteriores, entre os anos de 2009 e 2015. A Câmara de Vereadores de Ilhéus, que foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão – onde apreendeu documentos, computadores e aparelhos celulares –, também divulgou nota, reiterando que a operação não possui qualquer relação com a atual administração municipal.
A Operação Citrus envolveu mais de 80 policiais civis, militares, de agrupamentos especiais, atuando em conjunto com delegados e promotores.