Irmã estava no hospital quando uma vítima e ela achou que era o artesão.
‘Era igualzinho’, diz. Rapaz foi achado 2 dias depois trabalhando na região.
Um artesão desaparecido foi dado como morto e enterrado pela família, no sul da Bahia. A confusão começou na sexta-feira, 4, quando um homem foi atropelado na BA-001, entre Ilhéus e Itacará, e levado ao Hospital Geral Luiz Viana Filho em estado grave e sem a documentação.
Uma mulher, que acompanhava um irmão no hospital, percebeu a movimentação, se aproximou e reconheceu a vítima como o seu irmão mais novo, Francisco Menezes de Almeida, de 30 anos, que estava desaparecido há 15 dias.
Edna Almeida pediu aos enfermeiros que deixassem os dois irmãos juntos para que cuidasse deles. Por volta das 4h da madrugada, a vítima do atropelamento não resistiu e morreu. O corpo foi levado para o Departamento de Policia Técnica de Ilhéus, passou por perícia, foi novamente reconhecido pela família e enterrado em Uruçuca.
“Todo mundo que olha para a foto do rapaz e para o meu irmão fala ‘a senhora não está louca, a senhora está certa’. Minha família toda viu ali. Esse menino é igualizinho a ele”, disse a dona de casa Edna Almeida. Um irmão de Francisco suspeitou que o homem atropelado podia não ser o irmão e resolveu procurá-lo.
O rapaz foi encontrado dois dias depois, no domingo (6), trabalhando em Itacaré, cidade vizinha. “Quando eu cheguei, meus parentes todos me abraçaram. Os meus sobrinhos saíram correndo com medo”, afirmou o então desaparecido.
O artesão precisa agora provar à Justiça que está vivo. A Policia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. “Tentar identificar a pessoa que atropelou a vítima que foi enterrada como o seu Francisco e vamos tentar também identificar de quem é o corpo e solicitar a exumação do cadáver”, aponta a delegada Andrea Oliveira.
Francisco de Almeida afirma que viu a foto do homem que morreu no acidente e também achou bem parecido.
Fonte: G1