III encontro de controle à infecção hospitalar é realizado em Teixeira de Freitas

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No dia 25 de maio, aconteceu, no prédio da Exata Contabilidade, o III Encontro de Controle à Infecção Hospitalar de Teixeira de Freitas. O tema do encontro versou sobre Manejo e Medidas Preventivas da Síndrome Respiratória Aguda Grave – H1N1. O evento teve como público médicos, enfermeiros e todo o pessoal de atendimento hospitalar e foi realizado pelo Hospital São Paulo, Hospital Sobrasa, Hospital Municipal de Teixeira de Freitas – HMTF, Unidade Municipal Materno Infantil, UTI SULMED e Clínica São Lucas. A enfermeira e coordenadora da CCIH do Hospital S. Paulo, Élida Cupertino, uma das palestrantes, falando ao Sollo, mencionou a importância do Encontro: “é um tema que nos traz novidades, pois a prevenção de infecção hospitalar nessas síndromes respiratórias se apresentam como novidade e a função principal da CCIH é prevenir e essa prevenção deve ser objeto de estudos aprofundados, pois é preciso humanizar o atendimento nesses casos, pois síndrome respiratória é sempre um processo muito doloroso”, pontuou.

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A enfermeira e coordenadora da CCIH da UMMI, Gisela Alcântara, em entrevista, falou como foi a atitude do pessoal de saúde da UMMI desde o primeiro caso suspeito de H1N1: “o primeiro caso respiratório grave ocorreu em 13 de abril. Foi um caso de evolução muito rápida, sugerindo realmente o diagnóstico de H1N1, posteriormente confirmado, em uma criança de 8 meses. Foi feito tudo o que devia na Instituição, até mesmo a profilaxia dos familiares. Na semana seguinte, aconteceu outro caso grave, posteriormente confirmado, em uma criança de 6 anos, até fora do grupo de risco. Aí também todas as medidas foram tomadas. A partir daí, partimos para a intensificação do uso do medicamento profilático antiviral, atendendo também preventivamente um outro grupo de risco, o das gestantes. De lá para cá, tivemos 250 pessoas atendidas, que usaram o medicamento, por estarem dentro do quadro gripal grave. Com isso, a gente acredita que diminuíram os casos confirmados”, pontuou Gisele.

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Sobre como está hoje essa situação na UMMI, Gisele respondeu: “Continuamos a aplicar o protocolo em todas as crianças e gestantes que chegam com quadro gripal grave, além de outros grupos de risco. Os casos mais graves são internados, mas a maioria é tratada em casa. De todos os casos atendidos na UMMI, apenas 3 foram de gestantes. Atualmente, não temos nenhum paciente em estado grave internado. Recomendamos alguns cuidados especiais preventivos: a higiene, com a lavagem das mãos, se a criança estiver gripada não mandar à escola, evitar aglomerações e, para todos os grupos de risco, ao sinal de gripe forte, com febre alta, dor de garganta, procurar o médico, que decidirá o uso ou não do medicamento antiviral”, encerrou.

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Já o enfermeiro e professor da Faculdade Pitágoras, Sandro Calefi, mostrou que a incidência da H1N1 vem diminuindo no Brasil: “a H1N1 ocorre com mais frequência no inverno. Nesse ano, as ocorrências se anteciparam para o período de fevereiro/março. A incidência da H1N1 da 18ª. para a 19ª. semana de prevenção epidemiológica foi de queda. Isso implica constatar que as medidas de vacinação e precaução da população estão sendo efetivas, da forma que estão sendo orientadas pela ANVISA. Teixeira de Freitas teve a notificação de 10 casos de H1N1, com dois óbitos, índice de 20%, bem inferior a outras doenças endêmicas no Brasil. É preciso manter essas medidas. Os índices cresceram em fevereiro e tiveram seu pique em abril, mas se encontram em franco declínio. segundo a ANVISA. Teixeira de Freitas apresenta uma taxa atual de o,7%, menos da metade do nível nacional”, pontuou.

Sobre medidas de prevenção contra a H1N1, Calefi alerta: “evitar lugares públicos sem a proteção devida, a chamada ‘toalete respiratória’. Deve-se usar lenços descartáveis, evitando-se lenços reutilizáveis. Evitar partilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres. Evitar contatos com doentes, visitando apenas pessoas muito íntimas. Praticar rigorosamente a lavagem das mãos e, apesar do medo, vacinar-se. A diminuição da incidência da H1N1 vem se dando por esse conjunto de medidas”, encerrou Sandro Calefi.

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