Dialogar e conhecer melhor as produções, os agentes culturais e as demandas de cada lugar. Esses são os objetivos das expedições pelos Territórios de Identidade do estado, realizadas pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) desde 2012. Nesta terceira edição, a comitiva composta por representantes de diversos setores da SecultBA percorreu um roteiro de 11 cidades do Sul baiano em 7 dias, visitando Pontos de Cultura, Pontos de Leitura e muitos outros projetos. “As caravanas culturais, além de aprofundar o conhecimento sobre os territórios, possibilitam que a Secretaria formule e desenvolva políticas culturais qualificadas e sintonizadas com os territórios”, explica Albino Rubim, secretário de Cultura do Estado da Bahia.
Durante as conversas realizadas ao final da programação em todas as 11 cidades, o secretário pontuou os objetivos da Caravana, falou sobre as repercussões das edições anteriores nas ações dessa gestão e também sobre a importância da descentralização da atuação e dos recursos. “Historicamente, a Secretaria de Cultura do Estado sempre esteve muito focada em Salvador, o que impedia a criação de políticas e ações voltadas para o interior do estado”, lembra o secretário.
Em cada uma das cidades, a comitiva também teve a oportunidade de assistir apresentações artísticas e culturais de grupos locais. Foi possível perceber, por exemplo, a presença muito forte da dança no Sul da Bahia; das expressões mais tradicionais como ballet clássico, danças inspiradas pelas matrizes africanas e samba, até gêneros mais populares como zouk, arrocha e pagode.
A música também esteve presente em grande parte das apresentações. As tradicionais bandas de fanfarra marcaram a passagem da III Caravana na maioria das cidades, além do impressionante número de orquestras de música erudita, em sua maioria compostas por crianças integrantes de projetos sociais. Manifestações culturais tradicionais como a Capoeira, a Marujada e o Maculelê foram apresentadas em quase todos os municípios, o que mostrou grande valorização da cultura popular, do folclore e da história dessas cidades por parte dos próprios moradores. “Um aspecto que chamou muito a atenção da equipe da Caravana foi a existência de Escolas de Samba em Caravelas e Belmonte”, destaca o secretário.
Já os momentos de conversas foram marcados por debates entre os agentes culturais de cada local e os membros da SecultBA que faziam parte da comitiva da Caravana. “Um espaço importante no sentido de esclarecer dúvidas, registrar demandas e reivindicações, além de se ter a oportunidade, por parte da Secretaria, de explicar de forma mais clara e pessoal alguns aspectos dos seus processos, das atividades e dos objetivos dessa gestão”, conta o produtor cultural Carlos Sebastião, da cidade de Eunápolis. “Foram momentos muito proveitosos de diálogo entre poder público e sociedade civil sobre a vivência local e as políticas ligadas à Cultura na Bahia”, lembrou Albino Rubim.
Já está confirmada a realização de mais uma edição da Caravana, no segundo semestre deste ano, em região ainda a confirmar.
Ascom/Secult