“A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele.” (Efésios 3.10-12)
Não percamos de vista o assunto de Paulo. A “graça” a qual refere-se é o ato soberano de Deus de unir toda a humanidade sob a cruz de Cristo, por meio de quem somos adotados como filhos de Deus, todos nós, gentios e judeus, não há diferença, para vivermos em comunhão com Ele. Uma vez assim alcançados, passamos a ser participantes das promessas e herança, todos nós juntos, judeus e gentios, não há diferença. E então se estabelece na história a igreja, que é a comunidade dos que creem para a salvação e vivem anunciando o Reino de Deus.
Não é demais lembrar que, crer para salvação, é crer no amor de Deus e submeter-se a Ele como Senhor Soberano de nossas vidas. Algo diferente de crer que Deus é poderoso para nos dar o que pedimos ou fazer da caminhada de fé uma relação de interesse e não de submissão e amor. Como comunidade dos que creem para salvação, passamos a ser atores da história da salvação, como foi Israel no AT. Por meio da vitória de Cristo em nossas vidas, o que nos transforma e regenera, passamos a manifestar a multiforme sabedoria de Deus.
A sabedoria de Deus em suas múltiplas formas significa que, entre outras coisas, não somos uniformizados sob a fé em Cristo. Somos uma diversidade, temos estilos diferentes, temos formas próprias de nos expressar a Deus, temos dons diferentes, ministérios diferentes e oportunidades diferentes. Quando, verdadeiramente, vivemos em submissão a Cristo, esta diversidade toda aponta para um apenas – Cristo – nele somos unificados e em tudo Deus é glorificado. Ser igreja na história é ser igreja para a história. Gente diferente igualmente regenerada pelo poder de Cristo, que está aprendendo a honrar a Deus com a vida.