“Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu.” (Mateus 13.26)
Trigo e joio crescem de modo muito semelhante. O tamanho da planta e sua aparência dificultam uma distinção. Até que chega o momento em que as espigas começam a se formar. Elas são muito diferentes. Neste ponto já há alguma segurança na distinção de uma planta da outra. Na parábola que Jesus está contando é neste momento que os servos dizem ao senhor que descobriram joio no meio do trigo e sugerem arrancar o joio. Mas o dono da plantação diz que não. Ele quer esperar mais, até a colheita, para que não haja nenhum erro. Para que o trigo não seja arrancado como se fosse joio.
A igreja é trigo e joio plantado junto. Não é possível distinguir um do outro em função do crescimento. Trigo e joio aprendem a cantar, conhecem a Bíblia, frequentam cultos, entregam o dízimo e são membros da igreja. Ambos podem estudar teologia e até se tornarem pastores. É verdade: nem todo pastor é trigo! Essas coisas todas são possíveis tanto ao trigo como ao joio. O que mais causa confusão entre eles é que, em alguns momentos, um trigo pode comportar-se como joio e o joio pode comportar-se como trigo. Seria preciso conhecer o coração para sabermos diferencia-los. E isso, só Deus conhece de fato.
Talvez numa plantação, após crescerem e as espigas começarem a serem formadas, seja possível separar com segurança o trigo do joio. Mas na igreja não é. O Senhor da igreja jamais se engana, mas nós nos enganamos. Ele jamais toma o trigo por joio ou o joio por trigo, mas nós… Ele decidiu que, com paciência e misericórdia, permitirá que o joio permaneça misturado ao trigo. Ele trabalha para que o joio seja transformado. Afinal, nesta plantação divina, não há trigo que não tenha sido joio. Por isso cada trigo deve amar e procurar a transformação dos que lhe parecem joio. Oferecendo a mesma graça que um dia o fez trigo!