“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2.9)
Quem é você? E o que você faz? Qual a sua missão na vida? Há somente uma maneira certa de responder a essas perguntas, tendo em vista o que Cristo fez por nós. Uma resposta única, para todo cristão. Tradicional, renovado, conservador, progressista, homem, mulher, de direita ou de esquerda, do passado, do presente ou do futuro. Conquanto possamos desenvolver várias atividades diferentes, que ocupam nosso tempo de forma diferente, todo cristão é igualmente e completamente alguém que resulta da obra redentora de Jesus. Bem como está comissionado a viver por uma missão única e comum. Uma identidade única que temos não significa sermos todos iguais, pensando da mesma forma, tendo as mesmas preferências. Não. Nossa igualdade diz respeito à natureza da vida que recebemos, que redefine como nos vemos e o que cremos sobre nossa relação com Deus. Quem Deus é para nós e nós para Ele. Na declaração feita por Pedro somos de Deus. As vezes nem nos sentimos assim, mas somos dele. Ele nos deu seu sobrenome. Fez-nos seus filhos e é isso que somos. É essa nossa verdadeira identidade.
Paulo diz que Deus nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Filho Amado (Cl 1.13). Não chegamos lá depois de nossa peregrinação, depois de termos superado desafios, fraquezas e provado nosso valor. Fomos resgatados, como alguém que é tirado das águas do afogamento pelo guarda vidas. Não podíamos nos salvar. Não podíamos fazer nada por nós mesmos. Só podíamos confiar na salvação do Salvador. Cremos. Fomos salvos por Cristo. E depois de resgatados, não fomos orientados a tomar o rumo certo, agora que tínhamos ganhado uma nova chance. Fomos transportados para o Reino do Filho Amado. Porque, de fato, a salvação é tudo isso. Ninguém é tirado da morte, senão sendo colocado total e integralmente na vida! Foi o que Deus fez por nós em Cristo! E por causa disso agora somos. Não seremos, não nos tornaremos. Somos em Cristo. Somos geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus. Estabeleceu-se uma relação inquebrável entre nós e Deus. Um pertencimento irrevogável. Inquebrável e irrevogável porque é pela Graça.
Fomos chamados das trevas assim como Jesus chamou a Lázaro da morte dizendo: “Lázaro, vem para fora!” (Jo 11.43). Fomos chamados com o chamado daquele que “chama à existência coisas que não existem” (Rm 4.17). Operou em nossa vida o poder de incomparável grandeza, o mesmo com o qual Cristo venceu a morte (Ef 1.18-21). E agora temos uma missão que deve envolver todas as demais missões de nossa vida. Temos uma tarefa que deve coexistir e se realizar em meio a todas as demais tarefas de nossa vida. Nossa missão e tarefa é anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Você crê no que Cristo fez por você? Não olhe para si mesmo. A vida não está em você. Olhe para Cristo. Ele é o Salvador é ou não é o Salvador de sua vida? Se sim, então creia na sua identidade, assuma e cumpra sua missão. Quanto mais cremos, mais a cumprimos. Quanto mais a cumprimos, mais cremos. Por onde você precisa começar hoje?