ICMBio colabora com evento indígena no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal

Durante o evento, foram discutidas questões sobre política, meio ambiente e resistência Pataxó.

Tribos indígenas do Extremo Sul da Bahia se reuniram, nos dias 18 e 19 de agosto, para a realização do II Kãdawê Nuhatê Pataxó, que significa “festejando a resistência Pataxó”. Além de abordar a questão da resistência, o evento, que é realizado anualmente e reúne lideranças de 19 tribos da região, promoveu debates sobre política, meio ambiente e teve como objetivo informar os jovens e as comunidades sobre os últimos acontecimentos e novidades sobre os temas em foco.

Em seu discurso, o cacique da Aldeia Pé do Monte, Guarú (significa uma fruta nativa, indicada para combate da diabetes) se diz orgulhoso do Parque e fala da responsabilidade dos índios: “Isso aqui é nossa farmácia, nossa mãe”, declara.

O gestor do Parque Nacional (PARNA) e Histórico do Monte Pascoal, Fábio de Souza Kirchpfennig, participou do evento e ponderou algumas questões, explicou alguns impactos do desmatamento e a importância do meio ambiente para todos, principalmente para quem sobrevive diretamente dele. “Os mais impactados pelo desmatamento são os próprios índios e quem mora nas comunidades rurais”, afirma.

“A causa ambiental e indígena não são contrárias, mas ambas devem admitir que cometem alguns equívocos”, declarou o gestor. Ele falou também sobre a importância do diálogo e da busca por alternativas sustentáveis e sobre o turismo de base comunitária, que pode ser desenvolvido através de parcerias. Afirmou também que apoia os direitos indígenas, e que é necessário respeitar esses direitos, mas também respeitar os direitos ambientais.

Entre as principais reinvindicações dos índios estão a Carta Declaratória demarcando a Terra Indígena de Barra Velha, a questão agrária com os fazendeiros. De acordo com o índio Tohõ Pataxó, um dos organizadores do evento e presidente da Associação dos Guias Indígenas da Aldeia Pé do Monte, apesar do nome do evento ser a respeito de festa, ele considera que não estão em um momento festivo, mas celebrando entre os “parentes”, como os membros das aldeias costumam se chamar, as pequenas conquistas diárias. Ele também deu exemplos de turismo sustentável, sem impactos para o meio ambiente, como o da reserva indígena da Jaqueira, em Porto Seguro.

Participaram também do evento os professores da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB, da rede estadual de ensino da cidade de Itamaraju, representantes do Conselho Indigenista Misssionário – CIMI -, e da Secretaria de Assuntos Indígenas de Porto seguro, o gestor do Refúgio de Vida Silvestre Rio dos Frades – ICMBio e uma representante da Coordenação Regional do ICMBio em Porto Seguro.

Nayara Lobo

Coordenação Regional de Porto Seguro – CR7

Tel: (73) 3288-1518/1633 – ramal 214

VOIP: 6895

Skype: nayara.lobo5

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Ministério do Meio Ambiente – MMA

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