Com quedas nas produções de milho e algodão, 1º prognóstico para safra baiana de grãos 2021 prevê redução de 1,1%
- A safra baiana de grãos em 2021 deve ser 1,1% menor que a de 2020, ficando em torno de 9,8 milhões de toneladas e mostrando reduções da quantidade colhida em 2 dos seus 4 principais produtos;
- Neste primeiro prognóstico, as estimativas já disponíveis preveem que em 2021, na Bahia, deve haver aumento nas produções de soja (+5,5%) e feijão 1ª safra (+0,1%), mas queda nas de milho 1ª safra (-2,8%) e algodão (-18,3%);
- No Brasil, o primeiro prognóstico indica que, em 2021, deverá haver aumento de 0,5% em relação à safra de grãos recorde de 2020, chegando a 253,2 milhões de toneladas;
- Entre setembro e outubro, a estimativa para a safra baiana de grãos em 2020 caiu 0,5%, chegando em 9.913.245 toneladas, mas ainda deve ser o recorde histórico para o estado;
- Em outubro, foi mantida a estimativa de que, dentre todas as 25 safras investigadas no estado, 11 tenham aumento em 2020 frente ao colhido em 2019.
O primeiro prognóstico para a safra 2021 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, deverá haver uma uma redução de 1,1% nessa produção, frente a 2020. Ou seja, a safra de grãos deverá ficar em torno de 9,8 milhões de toneladas no próximo ano, frente às 9,9 milhões de toneladas previstas para 2020.
Dentre os principais produtos do estado, estão previstos, para 2021, aumentos na produção de soja (de 6,070 milhões para 6,402 milhões de toneladas, +5,5%) e do feijão 1ª safra (de 135,9 mil para 136,0 mil toneladas, +0,1%).
Porém, o algodão herbáceo (de 1,475 milhão para 1,205 milhão, -18,3%) e o milho 1ª safra (de 1,800 milhão para 1,750 milhão, -2,8%) apresentam um primeiro prognóstico de redução na produção.
Caso se confirme, o aumento previsto para a soja baiana em 2021 deve levar a uma safra recorde do produto (6,402 milhões de toneladas), por conta do crescimento de 3,7% da área plantada (de 1,620 milhão para 1,680 milhão de hectares) e de 1,7% no rendimento médio (de 3.746 para 3.811 kg/hectare).
O estado deve contribuir para o aumento previsto de 4,6% na produção brasileira de soja, que deve chegar a 127,1 milhões de toneladas em 2021, segundo este primeiro prognóstico, com aumento de 1,2% na área a ser plantada e de 3,3% no rendimento médio.
Já o prognóstico para a produção baiana de algodão herbáceo em 2021 (-18,5%) estima uma safra de 1,205 milhão de toneladas no estado, resultado da diminuição de 14,9% na área plantada (de 315 mil para 268 mil hectares). Mesmo assim, a Bahia deverá seguir como segundo maior produtor de algodão, representando 19,3% da produção nacional.
Para o Brasil como um todo, o primeiro prognóstico da safra 2021 de algodão estimou uma produção de 6,230 milhões de toneladas, 11,9% menor que a de 2020 (7,067 milhões de toneladas). O recuo é explicado pela menor demanda internacional por conta da pandemia da Covid-19 e pelo atraso nas chuvas em algumas regiões.
Em nível nacional, o prognóstico da safra 2021 de grãos prevê uma produção recorde de 253,2 milhões de toneladas, 0,5% maior que a de 2020, estimada em 252 milhões.
Ainda assim, dos cinco produtos de maior importância, em termos nacionais, quatro devem ter quedas: algodão herbáceo (-11,9%), arroz (-2,4%) feijão 1ª safra (-3,9%) e milho 1ª safra (-3,5%). A variação positiva, por enquanto, aparece apenas com a soja (4,6%).
Estimativa de outubro para safra baiana de grãos em 2020 é ligeiramente menor que a de setembro (-0,5%), mas ainda prevê recorde histórico
A décima estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2020 mostrou, em outubro, uma pequena queda frente à previsão de setembro (-0,5%), o que representa uma safra prevista de 9.913.245 toneladas, frente a 9.967.395 toneladas no mês anterior.
Mesmo assim, a safra baiana de grãos em 2020 segue a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 19,7% (ou mais 1.629.585 toneladas) em relação à safra de 2019 (8.283.660 toneladas).
A razão para a leve diminuição na passagem de setembro para outubro foram revisões para baixo em três produtos: algodão herbáceo (-15 mil toneladas ou -1,0%), feijão 2ª safra (-30 mil toneladas ou -16,3%) e soja (-50 mil toneladas ou -0,8%).
Houve, porém, uma revisão para cima na previsão do milho 2ª safra, que aumentou em 35 mil toneladas (ou 5,7%), chegando a 650 mil toneladas. Isso representa um aumento de 135,5% frente à safra de 2019 (276 mil toneladas).
Em nível nacional, a estimativa de outubro para a safra de grãos 2020 também é de recorde na série histórica do IBGE, se mantendo nos 252,0 milhões de toneladas estimados em setembro, sendo 4,4% superior à de 2019 (que foi de 241,5 milhões de toneladas).
A partir das informações desta décima estimativa, a Bahia segue tendo, em 2020, a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 3,9% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 28,9% do total, seguido por Paraná (16,0%) e Rio Grande do Sul (10,5%).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Estimativa em outubro é que 11 das 25 safras de produtos investigados na Bahia sejam maiores em 2020
Assim como havia ocorrido em setembro, em outubro a previsão para 2020 é que 11 das 25 safras de produtos investigadas pelo LSPA na Bahia sejam maiores que as de 2019.
As produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de cana-de-açúcar (+944.000 toneladas ou +22,4%), soja (+760.600 toneladas ou +14,3%) e milho 1ª safra (+434.600 toneladas ou +31,8%).
Por outro lado, banana (-190 mil toneladas ou -18,3%), feijão 1ª safra (-36,9 mil toneladas ou -21,4%) e tomate (-34,6 mil toneladas ou -12,5%) lideram as quedas absolutas de produção.
Em relação a setembro, o café arábica também apresentou revisão positiva, com um aumento de 5,5 mil toneladas, ou de 4,8%. A previsão agora é de uma safra de 120,5 toneladas em 2020.