Fiz muitas perícias em hospitais. O setor da UTI, talvez mais do que qualquer outro lugar na Terra, é desprovido de música. Em vez de melodias, há apenas o bipe insistente de máquinas. O que se ouve são constantes chamadas por médicos, enfermeiras gritando instruções umas para as outras, enfermeiras correndo à procura de médicos e visitantes à procura de enfermeiras. Mas esse barulho, ainda que irritante, é uma distração bem-vinda, um lembrete de que a “máquina” do hospital está funcionando bem. São as horas silenciosas depois do anoitecer, os sons do sofrimento solitário, que são os momentos mais assustadores.
No ambiente hospitalar, há a exposição dos trabalhadores a uma série de riscos biológicos que podem afetar sua saúde e bem-estar. Esses riscos decorrem da interação com agentes biológicos como vírus, bactérias, fungos e parasitas, presentes em pacientes, amostras biológicas e resíduos hospitalares, como o ar condicionado central que deve passar por manutenção para evitar a transmissão de vírus e bactérias.