O estímulo à iniciação científica na Educação Básica na Bahia, impulsionado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), está transformando sonhos em realidade. Com investimentos em escolas modernas e laboratórios de ponta, estudantes da rede estadual de ensino desenvolvem projetos em áreas como Sustentabilidade e Tecnologia. É o que acontece com 17 estudantes de unidades de ensino de Salvador, Boninal e Campo Formoso, que, com apoio do Governo do Estado, participam, a partir desta terça-feira (4), da Primer Sudamericano de Ciencias Y Tecnologia Escolar. No evento, promovido pelo Centro Educativo La Esperanza, os participantes apresentam os trabalhos dos alunos desenvolvidos em sala de aula.

Do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), que funciona no Colégio Estadual Central da Bahia, no bairro de Nazaré, em Salvador, quatro projetos serão expostos. São eles: “Papel 100% Orgânico de Sansevieira Trifasciata”, que visa a produção sustentável de papel, a partir da planta Espada de São Jorge, do aluno Nicolas Natale, 18 anos; o “Inventário verde: reconhecimento e valorização da flora do Dique do Tororó”, para reconhecer a flora do manancial natural, localizado em Salvador, visando sua preservação, de autoria dos estudantes Ariane Silva Santos, Everton Ribeiro Silva e Francine Oliveira Barbosa, todos com 18 anos; “Doe tudo o que puder, pegue só o que precisar”, com o objetivo de diminuir o descarte de resíduos sólidos têxteis, do estudante Antony de Jesus, 18 anos; e “Pé na mata”, um jogo de tabuleiro que propõe a conscientização e aprendizado sobre a Mata Atlântica, dos estudantes Jhonatas Silva e Ruben Pablo Barros, ambos 18 anos.

Para Everton Ribeiro Silva, a experiência tem sido transformadora. “Desde o primeiro momento, o contato com culturas e perspectivas diferentes traz uma nova visão sobre a Ciência. Cada conversa é uma chance de expandir e de adquirir conhecimento”, revela o estudante, que vai apresentar sua proposta para a valorização da área do Dique do Tororó. Seu colega Antony de Jesus, enquanto explica sua proposta de solução para o descarte de tecidos, aproveita também para adquirir novos aprendizados. “Esta é a minha primeira participação em uma feira de Ciências e está sendo em outro país. Estou muito feliz em representar minha cidade, meu Estado e país”, comemora.

A professora Laísa Brandão, do CJCC de Salvador, é a responsável pelas oficinas de Sementes da Bahia e Minha Flora, através das quais ela ajuda os alunos a desenvolverem uma percepção sobre a importância dos estudos. “É muito importante compartilhar com meus estudantes tantas aprendizagens. O envolvimento com a Ciência muda a visão de mundo e trouxe os estudantes até aqui”, considera.

Interior – Mais do que conquistar prêmios, participar de eventos nacionais e internacionais fortalece o protagonismo estudantil, inspirando os jovens a seguirem carreiras científicas e a mudarem o mundo. É o que acontece com os estudantes Samuel Tunes Almeida e Daniel Macedo Santana, do Colégio Estadual de Tempo Integral Rui Barbosa, do município de Boninal. Sob a orientação do professor Luan Anjos Souza, eles vão apresentar o projeto “Segurança escolar”, tendo como base a gestão eficaz da Tecnologia Digital e de Recursos Humanos para todas as escolas.

Do Colégio Estadual Professora Hilda Monteiro Menezes, localizado em Campo Formoso, estão sendo apresentados os projetos “Sisal com(ciência): bioplástico produzido a partir da fibra de sisal” e “Umbu com(ciência): bioplástico desenvolvido a partir da fibra do caroço de umbu”. Os dois trabalhos foram criados pelos estudantes com a perspectiva de tentar minimizar os problemas causados no meio ambiente pelos plásticos convencionais. São eles os autores: Gabriel de Sousa Silva, Thaeme de Souza Carneiro, Ana Laura Borges de Oliveira, João Lucas de Carvalho Freitas, João Christian Carvalho dos Santos, Eliane da Silva Lima, Marcos José Paixão da Siva e Ketllyn Jeovania Santos Gama. Os orientadores são os professores Damon Ferreira Farias, Maria Erisfagna Ribeiro de Macedo e Andra Keilla da Silva Gonçalves.