Agora, enquanto esta reportagem é lida, algumas donas de casa devem estar na internet, mantendo, às escondidas, conversas picantes em salas de bate papo com outros homens, se exibindo pela webcam, alimentando o voyeurismo nelas ou em seus paqueras virtuais. A diferença entre estas mulheres e as que vão aparecer a seguir contando suas escapulidas ao G1 está no fato no fato de as últimas terem aliado o prazer aos negócios e cobrarem para ficarem nuas na frente das câmeras.
Para ganhar dinheiro e não depender financeiramente dos maridos, mulheres casadas estão se tornando strippers virtuais, tirando a roupa no MSN. Para assistir a dez minutos de show erótico, por exemplo, o cliente precisa depositar até R$ 25 na conta bancária da dona de casa. Depois disso, basta ligar o computador, acessar a internet, adicionar o endereço eletrônico da “artista” e interagir ao vivo pelo microfone e teclado.
Mas nem tudo que eles pedem é aceito por essas mulheres. Mostrar o rosto ou revelar o nome está fora de cogitação para elas. Anonimato é o segredo do negócio para a dona de casa paulista de 42 anos que há quatro adotou o apelido de ‘Bruna Sexy’. Católica, com diploma universitário, casada, com um filho de 17 anos, ela contou ao G1, pelo MSN e por telefone, que os dois não sabem o que ela faz enquanto estão fora trabalhando e estudando.
“Não vejo necessidade de dizer ao meu marido e ao meu filho que faço shows eróticos na internet. Acho que eles não iriam gostar”, escreveu ‘Bruna Sexy’ enquanto teclava sozinha, na comodidade de seu lar, na Zona Sul de São Paulo. “Não acho que o que faço seja traição. É uma fantasia sexual de alguém querer ver uma mulher casada nua, como um filme erótico ou uma Playboy. Quem fica pelada está traindo? Quem lê a revista trai? Não, né?!”
Como ‘Bruna Sexy’, ela relata que alcança uma renda mensal de até R$ 5 mil, sem sair de casa ou manter relações sexuais, apenas com a comercialização dos vídeos e artigos com sua marca. “Também vendo as calcinhas que uso nas apresentações. Elas vão com o meu cheirinho”, contou ela, que trabalha das 8h às 17h, de segunda a sexta.
Ex-vendedora de artesanato, ‘Bruna Sexy’ mergulhou de cabeça no mundo das strippers virtuais após se ver endividada e sem um tostão para custear o tratamento do pai. “Depois de cuidar do meu pai, vi que precisava ganhar dinheiro. Sempre gostei de sites de relacionamentos, de sexo e de me exibir na web, me insinuando, brincando. Então pensei por que não começar a cobrar por algo que eu gostava de fazer de graça?”, escreveu. “Quando comecei a cobrar, descobri que os homens adoram meu bumbum. É a primeira coisa que pedem para ver.”
Quem quiser ver mais da loira, de 1,60 metro e 50 kg, mantidos a custo de muita malhação, pode acessar o site e o blog que ela criou para administrar seu serviço, agendar e divulgar seus shows em sites de sexo ou pelo Orkut. Morando em Moema, um dos bairros nobres da capital paulista, ‘Bruna Sexy’ informa que tem uma vida confortável agora.
Indagada até quando pretende continuar a trabalhar como stripper virtual, ela respondeu: “Até ficar velhinhaaaa. Tem clientes para todas as idades”.
Fonte: G1