Por Pedro Ivo Rodrigues
O delegado da Polícia Civil José Nélis Araújo, ex- coordenador da 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, foi preso no dia 18, na sua residência, no bairro Barris, em Salvador, pela acusação de ser autor intelectual do homicídio do também delegado de Ipiaú, André Luiz Serra, em outubro do ano passado.
De acordo com a Rádio Sociedade, Araújo é suspeito de participação no assassinato do ex-deputado estadual Maurício Cotrim, ocorrido em setembro de 2007.
Secretário César Nunes fala sobre o caso
O secretário de Segurança Pública da Bahia, César Nunes, se pronunciou sobre a operação que resultou na prisão do policial. Segundo ele, as investigações realizadas pela própria corporação a que pertence o acusado apontam para a tese de que Nélis teria mandado matar o colega André Luiz Serra, devido desentendimentos em Teixeira de Freitas, durante a apuração da morte de Maurício Cotrim Guimarães, abatido a tiros por pistoleiros na praça 2 de Julho, centro de Itamaraju.
César Nunes não confirmou a possível ligação de Nélis Araújo com o Caso Cotrim, mas informou que outras seis pessoas devem ser presas por suposta participação na execução de André Luiz Serra.
O delegado preso na capital desempenhava suas funções em Feira de Santana. Ele já prestou depoimento na sede do Comando de Operações Especiais (COE).
“Pelas investigações que já duram quase um ano os dois tinham uma desavença por causa do caso da morte do ex-deputado Cotrim. Quando André Serra veio a ser delegado de Ipiaú começou a fazer investigações sobre possíveis crimes de homicídios feitos ou ordenados por Nélis. Isso então teria sido determinante para que este encomendasse a morte do seu colega”, afirmou o secretário de Segurança Pública.
“Quero dizer que é a própria Polícia Civil que está fazendo as investigações, começando dentro de casa e coibindo qualquer tipo de desvio de conduta de policiais que por ventura querem manchar o nome da corporação. Essa é a nossa política e essa é a postura do Governo da Bahia”, enfatizou Nunes, salientando que a Polícia Civil investigou a morte de Serra por mais de um ano. “Vamos deixar aqui bem claro, que é uma investigação conduzida pela Polícia Civil, que está coibindo dentro de casa os desvios de conduta dos maus integrantes da Corporação”, destacou.
O delegado-geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, e o coordenador regional da Polícia Civil de Vitória da Conquista, Odilson Pereira Silva, apresentaram cinco dos sete suspeitos de terem assassinado André Serra. A operação foi realizada nas cidades de Salvador, Ubaitã, Ubaitaba e Maraú, onde ocorreram as prisões. Entre os acusados estão: Manoel Barreto e Luís Santos Neto, detidos em Ubaitã, Manoel Tercino Araújo, preso em Ubaitaba e Antônio Calumby Filho, preso em Maraú.
*Com informações de Ramiro Guedes, Teixeira News, Sulbahianews e A Tarde.