Sua Excelência, o secretário Geraldo Magela, da Saúde, afirma que vai sair dia 30 e acusa o prefeito de ter invadido a secretaria e tirado toda a sua autonomia secretarial. O prefeito, assim acusado, respondeu com dura nota, afirmando ter motivos pata tal intervenção. Surrealismo puro. Como um secretário continua secretário, acusando o prefeito de interferência? Não é o secretário subordinado ao prefeito? E como o prefeito se presta a responder uma nota dessas, estabelecendo um diálogo hierarquicamente impossível?
Coisas do abatinamento.
Secretário da Saúde Geraldo Magela
Desta vez é verdadeira a demissão do Secretário da Saúde em Teixeira de Freitas, Geraldo Magela. O próprio deu entrevista a órgãos de imprensa, sites da região e contou os motivos pelos quais pediu demissão. Afirmou o secretário que enfrentou, com as hostes do prefeito, uma queda de braço pela implantação do SAMU. Venceu, mas se viu desgastado. Outro motivo: o prefeito Apparecido praticamente foi para dentro da saúde e ele, secretário, que era todo poderoso no setor, não comprava mais uma bala. Quando esse jornal sair, o dia 30, prazo em que o secretário afirmou que sai, já terá passado.
Aguardemos.
E a dívida?
Na entrevista a sites da região, o secretário Geraldo Magela afirmou que muitas coisas boas sua gestão realizou na saúde. Uma delas foi ter reduzido a dívida do setor perla metade. Que dívida? Em tempo algum, o secretário admitiu qualquer dívida. Mais: qual é a metade paga da tal dívida? Se soubéssemos a metade, saberíamos o inteiro.
Onde está a transparência?
Lula e a mídia
Até o noticiário mais simples da Folha de São Paulo está definitivamente comprometido com o serrismo. Na questão das críticas do presidente Lula à imprensa, ficou claro, pela própria fala do presidente, que ele se referia à parte da mídia. Mas a manchete da Folha mandou ver: “LULA ATACA A IMPRENSA”. Quando o leitor se locomove para o texto da matéria, está lá: “parte da imprensa…” O problema é que a Folha faz parte do naco que Lula citou e a dor foi grande. Lula não pediu que jornal algum fosse fechado, que televisão alguma deixasse de transmitir, não incentivou qualquer truculência contra qualquer veículo – tão somente reclamou da parcialidade de alguns. Para quem sofreu o que ele sofreu nas páginas de Veja e outros veículos que fazem oposição, até que reclamou pouco.
Parte de nossa grande imprensa é uma vergonha.
Tautologia
Tautologia, segundo o Aurélio, é repetir seguidas vezes o mesmo conceito com o fito de convencer outra pessoa. Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, em artigo na Folha, diz que o momento de Lula contra a imprensa é tautológico, que ele a condena seguidamente para lançar o povo contra ela. Mentira. Lula citou uma parte da imprensa, ao tempo em que defendia a liberdade de imprensa. Para o Kamelão, o governo deve apanhar, aguentar mentiras da imprensa serrista e não pode reagir nem protestar. Kamel não gostou da matéria da Carta Capital sobre a quebra, por parte da filha de Serra e sua sócia, a filha de Daniel Dantas, do sigilo bancário de 60 milhões de correntistas brasileiros. Também não gostou quando se noticiou a quebra de sigilo fiscal de Tarso Genro no Rio Grande do Sul. Kamelão só grita quando a imprensa ofendida é a da Globo, do Globo, da Veja, do Estadão e da Folha, representantes do baronato da imprensa burguesa.
Tautologia é isso…
Os Bornhausen
Na época do mensalão do PT, o grão-duque demoníaco Jorge Bornhausen afirmou que “essa raça (PT) vai sumir por 30 anos.” Quando Lula afirma que o DEM deve ser extirpado (pelo voto, está claro) vem uma pá de gente dizer que o barbudo é nazista e que prega a extinção de um partido político. Acabar com uma agremiação pelo voto é uma ação popular, portanto democrática, o que não foi proposto por Bornhausen.
Ali era para acabar na porrada.
As chuvas e o ladeirão
Depois quando Agnaldo Garcez cria um ladeirômetro, determinado povo chia. Já estava tudo parado e com as chuvas é que vai parar de vez qualquer obra que já não estava sendo feita. Enquanto isso, o povo, apenas um detalhe, continua tendo que usar um desvio perigoso e enlameado.
Coisas da Suíça brasileira.
Estádio municipal
Completamente paradas, a não ser por convenientes disfarces, as obras do Estádio Municipal se tornaram uma imensa frustração para os desportistas. O jornal de esportes do meu amigo Amadeu Ferreira retrata, em todos os números, essa frustração. Onde está o governo do estado, financiador da obra, que não se pronuncia?
Quais são os insondáveis mistérios?
Itabela
Há 3 meses sem receber, os motoristas que realizam o transporte escolar em todo o município de Itabela paralisaram suas atividades. Há motoristas que completam 3 meses sem receber. A Prefeitura, através da Secretaria de Finanças, culpa a CONAJE, empresa terceirizada para fazer o transporte. Alega o secretário de finanças que a municipalidade está em dia com a empresa, ela é que não está repassando os pagamentos. Ora, se isso está acontecendo, por qual motivo a Prefeitura não rompe o contrato e traz outra empresa? Apenas dizer que está pagando à terceirizada, não basta. Afinal, quem contrata é solidário para o bem e para o mal com quem foi contratado, segundo a lei e a ética.
Que a Prefeitura se posicione com urgência.
Direitos hum,anos
Quando o Irã ameaça aplicar a pena de morte a uma adúltera, acusada de matar o marido, o mundo inteiro se revolta (aliás, a revolta é justa) e o pessoal dos direitos humanos se manifesta. Quando os Estados Unidos eliminam, por injeção letal, uma mulher acusada de matar o marido e o enteado, não há a mesma grita de organismo s internacionais. E a americana foi considerada de baixo QI, portanto merecedora de prisão perpétua e não de pena de morte.
A velha hipocrisia burguesa continua solta,
Nova rádio em Teixeira
Está chegando uma nova FM em Teixeira de Freitas, a 104,9. Muita gente dizendo que vem para mudar a história do rádio na cidade, que vem para quebrar o monopólio e outras coisas mais. A chegada de uma nova emissora é sempre um acontecimento de muita alegria. Se ela vem para mudar a história, só saberemos com o tempo.
Por enquanto, bem-vinda, 104,9.
Revolta
Geraldo Arueira Azevedo: eis o nome de um cidadão querido, conceituado, gente simples e humilde. Na sexta-feira, dia 24, Arueira, de Medeiros Neto, estava em Teixeira de Freitas, quando foi morto por policiais da CAEMA no interior de uma loja de celulares. Todos os testemunhos dão conta de que os policiais já chegaram atirando, por suspeitarem que Arueira fosse um dos assaltantes que fizeram um outro PM de refém horas antes. A população protestou contra a ação atrabiliária, no dia 27, e uma multidão percorreu as ruas centrais de Teixeira de Freitas, clamando contra a violência e o despreparo da polícia. Os manifestantes estiveram na Promotoria, no 13o. Batalhão e na COORPIN pedindo providências e punição para os policiais agressores e despreparados
As autoridades prometeram rápida ação, aguardada com impaciência.
Do fim
Um raro momento de humanidade do papa Bento XVI, de passado truculento como prefeito da Sagrada Congregação de Ritos, foi quando ele, há tempos, visitou as ruínas do campo de concentração de Auschiwitz. Vendo a exposição de fotos e vestígios do holocausto, Bento XVI perguntou: “-Onde estava Deus?”.
Até hoje não deu a resposta.