Quando fomos a Ouro Preto, alugamos um carro em Belo Horizonte e seguimos pela rodovia 040. No caminho, existe uma loja de bugigangas onde muitos objetos de aparência antiga se amontoam no recinto estreito: relógios de bolso, castiçais, garrafas de vidro, parafusos, pregos e chaves. Objetos sem interesse mantidos preservados no decorrer do tempo, inertes sob a luz de lâmpadas nuas. Inicialmente, imaginei que era um antiquário; quem atendeu foi um senhor de rosto alongado, com um gorro. Tinha ares de dono. Assim como ocorre em lojas antigas, ele tinha um jeito antigo. Durante todo o tempo em que estivemos no interior da loja, ele remontava um relógio e consertava uma caixinha de música sem se importar com a nossa presença. Ali também tem um pastel delicioso com recheio de queijo mineiro.
Teixeira de Freitas irá sediar o Campeonato Estadual de Poesia Falada 2024
O cenário das batalhas de poesia tem se fortalecido na cidade de Teixeira de Freitas. O movimento hip-hop e seus elementos manifestam-se pelas ruas, praças públicas, universidades e escolas da cidade, levando conhecimento e troca de saberes com a juventude periférica tão violentada pela mão do Estado.
Por isso a importância da existência de movimentos e iniciativas artístico-culturais e que também se configuram como estratégias de resistência.
Nesse sentido, o Slam Marginal, coletivo artístico independente da cidade de Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia, vai sediar o Campeonato Baiano de Poesia Falada (SLAM BA) – 2024. O evento ocorrerá no dia 16 de novembro, a partir das 15h, no auditório da UFSB (complexo II).
Poetas finalistas das cidades de Porto Seguro, Itabuna, Teixeira de Freitas, Camaçari e Salvador, representantes de suas respectivas comunidades de Slam irão batalhar por uma vaga para o Campeonato Nacional de Poesia Falada (SLAM BR) que ocorrerá de 05 – 08 de dezembro, em Arembepe – Camaçari, para representar o estado da Bahia.
Será um grande encontro com poetas incríveis, muita música, feira de exposição de artistas locais e muita troca de energia, pois a arte é isso!
Se você ainda está procurando um rolê para o seu sábado, acabou de encontrar! Venha prestigiar o trampo de artistas independentes ouvindo o que eles têm a dizer e confirmar por si só a riqueza cultural do nosso estado.
Caso queira saber mais, é só entrar em contato pelo Instagram do coletivo: @slammarginal ou enviar um e-mail para: [email protected]
“A rua é nosso palco, trago rima original!”
- O quê? Campeonato Estadual de Poesia Falada (SLAM BA)
- Onde? Auditório da UFSB – Complexo II
- Quando? 16 de novembro de 2024 (sábado)
- Que horas? A partir das 15h
Feira da Economia Solidária em Prado: Cultura, Sustentabilidade e Diversidade
Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, a Praça da Matriz, em Prado, será palco da Feira da Economia Solidária, um evento que promete unir cultura, sustentabilidade e fortalecimento das economias locais. Realizada pelo Instituto Casa da Cidadania e pelo Cesol (Centro Público de Economia Solidária), com o apoio da Prefeitura de Prado e do Governo do Estado da Bahia, a feira reunirá produtores locais, artesãos, agricultores familiares e artistas para uma celebração da diversidade e do empreendedorismo sustentável.
Durante os três dias de programação, os visitantes terão a oportunidade de conhecer e adquirir produtos artesanais, apreciar a gastronomia típica e participar de atividades culturais. A feira também contará com apresentações musicais de artistas renomados, como Márcio Maurício, DJ Lincon Falcão e Luizinho Rocha, trazendo o melhor da música regional e estilos variados, garantindo entretenimento para todas as idades.
A Feira da Economia Solidária tem como objetivo valorizar a produção local, estimular o consumo consciente e fomentar a troca de saberes entre os participantes. Além disso, busca fortalecer os empreendedores da região, promovendo inclusão social e sustentabilidade.
O evento é gratuito e aberto ao público. Não perca essa oportunidade de apoiar a economia solidária e viver uma experiência única de conexão com a cultura e os valores da Costa das Baleias. Venha e participe!
Cresce o número das marcas chinesas de carros elétricos no Brasil
Nos últimos anos, o cenário automobilístico no Brasil tem passado por uma transformação significativa, principalmente no que diz respeito ao mercado de carros elétricos. As marcas chinesas, especialmente BYD e GWM, têm se destacado nesse segmento, dominando as listas de vendas. Esse fenômeno representa uma mudança considerável nos hábitos de consumo dos brasileiros e nas estratégias das montadoras tradicionais.
Impulsionado por modelos competitivos e tecnológicos, o mercado de veículos elétricos tem visto um crescimento constante. Em outubro de 2024, o modelo BYD Dolphin Mini se destacou como o carro elétrico mais vendido pelo oitavo mês consecutivo, reafirmando a força da indústria automotiva chinesa no país. Essa dominância não apenas realça a qualidade dos produtos chineses, como também indica uma preferência por alternativas acessíveis e ecologicamente corretas.
Por que os carros elétricos chineses têm sido bem-sucedidos?
O sucesso das empresas chinesas no Brasil pode ser atribuído a vários fatores. Primeiramente, o custo-benefício oferecido por esses veículos tem sido um aspecto crucial. Marcas como BYD e GWM têm aproveitado para lançar produtos que combinam preços competitivos com tecnologias de ponta, algo que atrai consideravelmente os consumidores brasileiros.
A estratégia de priorizar a eficiência energética e a autonomia dos veículos são outros pontos que favorecem essas marcas. Além disso, os modelos chineses têm incorporado inovações tecnológicas que aumentam a conveniência e o conforto dos motoristas. O foco em veículos 100% elétricos e híbridos Plug-in também responde à crescente demanda por soluções verdes e sustentáveis.
Como está a distribuição das vendas de carros elétricos no Brasil?
Segundo os dados recentes, o segmento de veículos elétricos e híbridos teve um crescimento impressionante em 2024. Calcula-se que 6.110 unidades dos chamados BEV (Veículos Elétricos a Bateria) foram emplacadas em outubro, com um total de mais de 51.804 veículos elétricos durante o ano, sem contar os modelos híbridos que elevam esse número a 138.650. Dentro desse mercado, os veículos puramente elétricos representam 37,36% das vendas.
Os cinco veículos elétricos mais vendidos no Brasil em outubro foram todos modelos chineses, destacando-se o BYD Dolphin Mini e o GWM Ora 03 entre outros. O fato de as fabricantes chinesas ocuparem integralmente o top 5 é um reflexo da sua capacidade de oferecer modelos que correspondem de forma eficiente às expectativas dos consumidores.
As repercussões para as montadoras tradicionais
Diante desse cenário, montadoras tradicionais como a Renault têm enfrentado dificuldades. O Renault Kwid E-Tech, por exemplo, não tem conseguido acompanhar o ritmo dos elétricos chineses no Brasil, com vendas em declínio. Este fato mostra que a competitividade está a exigir mais inovação e adaptação das empresas já estabelecidas no mercado.
O domínio das marcas chinesas pressiona as rivais a reconsiderar suas estratégias de mercado, desde a redução de custos de produção até o desenvolvimento de novas tecnologias que possam atrair os consumidores locais. No entanto, essa concorrência acirrada é um incentivo para a diversificação e aprimoramento dos produtos disponíveis.
O futuro dos carros elétricos no Brasil
O crescente interesse e investimento em veículos elétricos sinaliza o potencial de expansão desse mercado nos próximos anos. Com a contínua evolução das infraestruturas públicas e incentivos governamentais, a tendência é que mais modelos acessíveis e tecnológicos sejam disponibilizados, facilitando a transição para alternativas de baixo impacto ambiental.
Embora as marcas chinesas atualmente liderem em termos de vendas e inovação, elas também abrem o caminho para que outras empresas se adaptem às novas demandas do consumidor. O futuro aponta para um mercado rico em opções, onde a sustentabilidade e a eficiência continuarão a ser fundamentais.
Fonte: Terra Brasil Notícias
Em parceria com o SENAI, Veracel abre vagas para a quarta edição de curso gratuito de Operador e Operadora de Máquinas Florestais
Em mais uma parceria de capacitação profissional com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), da Bahia, a Veracel abriu 20 vagas para a quarta edição do curso gratuito de Operador e Operadora de Máquinas Florestais. As inscrições abriram nesta quinta-feira (7) e ficarão disponíveis pelo site do SENAI até 17 de novembro.
Após a inscrição inicial, os inscritos ainda passarão uma etapa de prova, avaliação prática em simulador e uma entrevista para a seleção dos alunos do curso. O edital completo com todas as informações pode ser consultado neste link.
As aulas serão divididas em dois períodos: a primeira parte é teórica, realizada presencialmente no Senai Eunápolis. Já o segundo momento é realizado dentro da própria Veracel, com introdução à parte prática. Ambos possuem carga horária de 8h diárias. O curso faz parte do programa de Formação de Mão de Obra da Veracel, que já teve três edições realizadas.
“Iniciativas como esta são muito para impulsionar o desenvolvimento profissional das pessoas e da nossa região, uma vez que oferece oportunidades para talentos locais para entrar no mercado florestal, um vetor da economia baiana. Com isso, fortalecemos A Veracel, mas também promovemos o crescimento da nossa comunidade”, ressalta Odair Jango, Coordenador Desenvolvimento Organizacional da Veracel.
Suzano inaugura obras de ampliação e modernização de terminais portuários em Santos (SP)
A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, inaugurou nesta sexta-feira (8) as obras de ampliação e modernização de dois terminais em operação no Porto de Santos. A cerimônia oficial contou com a presença de representantes dos governos federal, estadual e municipal, além de autoridades locais e executivos e executivas da Suzano.
Os investimentos no T32 e no DP World, terminais a partir dos quais a Suzano exporta celulose, visam atender a demanda gerada com o início das operações da nova unidade, em Ribas do Rio Pardo (MS), ocorrido no dia 21 de julho. Com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose anuais, a fábrica é a maior linha única de produção de celulose do mundo.
Somente em logística e escoamento da produção de celulose foram investidos aproximadamente R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 443 milhões nos dois terminais portuários em Santos. Além de aumentar a eficiência e a segurança nas operações, o investimento possibilitou o aumento da capacidade média de movimentação de carga anual do complexo em 43,48%, passando de 4,6 milhões de toneladas para 6,6 milhões de toneladas anuais de celulose. A capacidade estática do complexo também foi incrementada em cerca de 42%, saltando de 162 mil toneladas para 230 mil toneladas aproximadamente.
No terminal T32, as obras contemplaram a ampliação do armazém de celulose de 21.000 m² para 28.000 m² de área construída e a modernização em todos os processos, incluindo a implantação de dois Pórticos Rolantes, equipamentos de elevação instalados sobre trilhos que permitem a movimentação de até 48 toneladas cada um, e de quatro novos ramais ferroviários de 300 metros de cumprimento cada linha. Os novos equipamentos possibilitam o descarregamento ferroviário de até 44 vagões simultaneamente. O terminal portuário é operado em parceria com a Portocel desde o início do ano.
Já no terminal DP World, construído pela Suzano e operado pela empresa DP World Santos, a companhia investiu na ampliação do armazém de 36.000 m² para 51.000 m² de área construída, ampliando em quase 40% a capacidade estática de armazenamento, podendo chegar a 160 mil toneladas, e a capacidade de movimentação de carga anual de 3,6 milhões para 5 milhões de toneladas. As obras ainda contemplaram a instalação de mais duas pontes rolantes, com capacidade de 40 toneladas cada uma.
As obras nos terminais portuários foram iniciadas em fevereiro de 2022 e chegaram a gerar cerca de 600 empregos diretos. Como parte do projeto, também foram executadas a ampliação e modernização da sala de controle e de prédios administrativos.
Transporte ferroviário
Visando tornar as operações ainda mais sustentáveis, os investimentos da Suzano em logística de escoamento da produção contemplaram também a implantação de um novo terminal intermodal no município de Inocência (MS). O terminal, já em operação, foi implantado às margens da MS-240 e conta com uma área construída de 24,2 mil m² e 8,8 mil metros de linha férrea interna e externa, que inclui ramais para vagões em reserva, e duas peras ferroviárias para manobras. Com o novo terminal intermodal, a produção da nova fábrica da Suzano é escoada por meio de transporte rodoviário de Ribas do Rio Pardo até Inocência, de onde segue por meio de transporte ferroviário até os terminais portuários da empresa pela Malha Norte.
“Com os investimentos nos terminais portuários e intermodal, reforçamos nosso compromisso com soluções logísticas mais sustentáveis e eficientes. O uso da ferrovia, que conecta nossa produção aos terminais portuários, representa um avanço significativo na nossa estratégia de reduzir as emissões e otimizar o escoamento, beneficiando o meio ambiente e nossos processos operacionais”, diz Leonardo Grimaldi, Vice-Presidente Executivo Comercial e de Logística da Suzano. “A Suzano já é referência em nível de serviço prestado a nossos clientes globais, e a nova operação trará ainda mais eficiência e robustez para nossos sistemas integrados de gestão de cadeias de suprimento até os armazéns dos nossos clientes”, completa o executivo.
A nova fábrica da Suzano em Mato Grosso do Sul contou com um investimento total de R$ 22,2 bilhões – um dos maiores investimentos privados do país nos últimos anos – e irá ampliar a produção anual de celulose da companhia em mais de 20%. Cerca de 90% da produção de celulose da companhia é destinada ao mercado exterior e abastece mais de 100 países em todos os continentes.
Baiano é eleito presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
Na manhã desta quinta-feira (7), Diego Albuquerque, de 41 anos, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). A eleição aconteceu em assembleia que foi realizada no Rio de Janeiro, onde Diego, que liderou a chapa “Inovação” ao lado do vice-presidente Marcelo Falcão, obteve a maioria dos votos numa disputa apertada, vencendo por 127 a 124 contra a chapa composta por Renato Cordani (SP) e Poliana Okimoto.
Diego Albuquerque, natural de Salvador, Bahia, é reconhecido por sua atuação como presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA). Durante sua gestão, conseguiu triplicar o número de atletas federados no estado e implementou o projeto social “Natação em Rede”, que oferece aulas gratuitas de esportes aquáticos para mais de 3.500 jovens.
Além de gestor, Diego é atleta de natação, águas abertas e polo aquático, tendo conquistado medalhas em competições nacionais e internacionais. Em agosto de 2024, no Campeonato Panamericano Máster em Trinidad e Tobago, conquistou três medalhas de ouro e uma de prata nas provas de 50, 100, 200 e 400 metros livres.
”Assumir a presidência da CBDA é uma honra e uma responsabilidade imensa. Nosso compromisso é fortalecer o esporte em todo o país, promovendo inclusão, desenvolvimento e excelência esportiva”, afirmou Diego.
O novo presidente da CBDA já anunciou que suas primeiras ações serão a reestruturação administrativa da entidade e a implementação de programas de incentivo à base esportiva, visando preparar novos talentos para os próximos ciclos olímpicos.
Fonte: Bahia.ba
País registra maior queda em 15 anos nas emissões de gases de efeito estufa
Em 2023, o Brasil registrou uma redução de 12% nas emissões de gases de efeito estufa, a maior queda dos últimos 15 anos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima.
Segundo o levantamento, o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gases no ano passado, o equivalente ao impacto ambiental de cerca de 540 milhões de carros. Em 2022, esse número foi de 2,6 bilhões de toneladas. Essa diminuição é a maior desde 2009, ano em que foi registrado o menor índice na série histórica iniciada em 1990.
O principal fator para essa redução foi a queda no desmatamento da Amazônia durante o governo Lula, após sucessivas altas no governo Bolsonaro. Dados mais recentes, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (6), indicam uma redução de 30% no desmatamento da região amazônica.
Apesar da queda, as emissões de gases de efeito estufa aumentaram em outros biomas em 2023: 86% no Pantanal, 23% no Cerrado, 11% na Caatinga e 4% na Mata Atlântica. Fora da Amazônia, o Pampa registrou uma diminuição de 15%, mas esse bioma é responsável por apenas 1% do total de emissões.
Fonte: Bahia.ba
Sem recursos do PIS/Pasep, governo tem déficit de R$ 5,326 bilhões
Sem a transferência do antigo fundo PIS/Pasep para o Tesouro, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fecharam o mês de setembro com déficit primário de R$ 5,326 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o governo tinha registrado superávit primário de R$ 11,554 bilhões.
Em setembro do ano passado, cerca de R$ 26,3 bilhões do antigo fundo que abrigava as receitas do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) foram repassados ao Tesouro Nacional. A transferência estava prevista na Emenda Constitucional da Transição, promulgada no fim de 2022. Como as receitas não se repetiram neste ano, o resultado primário piorou.
Apesar do efeito estatístico, o resultado veio pior do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 2 bilhões em setembro. O resultado foi divulgado com uma semana de atraso por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional. Nos nove primeiros meses do ano, o Governo Central registra déficit primário de R$ 105,187 bilhões. Em valores corrigidos pela inflação, o montante é 7,4% superior ao do mesmo período do ano passado, quando havia déficit primário de R$ 94,330 bilhões.
O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem meta de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, para o Governo Central.
No fim de setembro, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas projetou déficit primário de R$ 28,3 bilhões para o Governo Central, o equivalente a um resultado negativo de 0,25% do PIB O valor equivale exatamente a margem de tolerância prevista pelo arcabouço fiscal. No entanto, com despesas fora do arcabouço fiscal, como precatórios e os créditos extraordinários para a reconstrução do Rio Grande do Sul e combates a incêndios florestais, o resultado negativo previsto está em torno de R$ 68,8 bilhões. Isso ocorre porque despesas excepcionais não estão incluídas na meta de déficit primário.
Mesmo com a arrecadação recorde neste ano, o governo congelou R$ 13,3 bilhões do Orçamento. Todo esse valor decorre do bloqueio de verbas para não descumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal. No momento, não há recursos contingenciados (cortados temporariamente) para não estourar a margem de tolerância de cerca de R$ 29 bilhões para o resultado primário prevista nas novas regras fiscais.
Receitas
Sem os recursos extraordinários de setembro do ano passado, as receitas despencaram, enquanto as despesas subiram levemente. No último mês, as receitas líquidas caíram 4,4% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o recuo chega a 8,5%. No mesmo período, as despesas totais subiram 5,9% em valores nominais e 1,4% após descontar a inflação.
O déficit primário ocorreu apesar da arrecadação federal recorde em setembro. Se considerar apenas as receitas administradas (relativas ao pagamento de tributos), houve alta de 17,4% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. Isso porque as receitas administradas não incluem a transferência do Fundo PIS/Pasep.
Os principais destaques foram o aumento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, provocada pelo aumento do lucro de grandes empresas; da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), decorrente da recomposição de tributos sobre os combustíveis e da recuperação da economia; e o aumento na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte, por causa da tributação sobre os fundos exclusivos, que entrou em vigor no fim do ano passado.
As receitas não administradas pela Receita Federal caíram 59,8% descontada a inflação em relação a setembro do ano passado. Além do antigo Fundo PIS/Pasep, as maiores quedas foram provocadas em dividendos de estatais, cujos pagamentos recuaram 37,6% em setembro, descontada a inflação. A alta de 12,3% nos royalties, decorrente da valorização do petróleo no mercado internacional, impediram uma queda maior.
Despesas
Quanto aos gastos, o principal fator de alta mensal foi a antecipação de R$ 4,3 bilhões em precatórios previstos para 2025 referentes ao Rio Grande do Sul. Segundo o Tesouro, isso impactou os gastos com a Previdência Social em R$ 2,84 bilhões adicionais, descontada a inflação, por causa do maior número de beneficiários e da política de valorização do salário mínimo.
Turbinados pelo novo Bolsa Família, os gastos com despesas obrigatórias com controle de fluxo (que engloba os programas sociais) subiram R$ 1,16 bilhão acima da inflação em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Também subiram gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), em R$ 1,1 bilhão acima da inflação, pelo aumento do número de beneficiários e pela política de valorização do salário mínimo.
Os gastos com o funcionalismo federal subiram R$ 2,86 bilhões (+1,1%), descontada a inflação nos nove primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. A alta foi compensada pela quitação de precatórios no início do ano, o que diminuiu em 50,1%, descontada a inflação, o pagamento de sentenças judiciais. Quanto aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o total nos nove primeiros meses do ano somou R$ 52,285 bilhões. O valor representa alta de 18,5% acima do IPCA em relação ao mesmo período de 2023. Nos últimos meses, essa despesa tem alternado momentos de crescimento e de queda descontada a inflação. O Tesouro atribui a volatilidade ao ritmo variável no fluxo de obras públicas.
Fonte: Bahia.ba
Aumento de infecções graves por rinovírus afeta crianças em 4 estados
A sinalização do aumento dos casos considerados mais críticos envolvendo infecções por rinovírus entre crianças e adolescentes na Bahia, no Ceará, no Rio de Janeiro e no Maranhão é um dos principais destaques do boletim Infogripe divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A publicação reúne dados referentes à semana epidemiológica que vai de 27 de outubro a 2 de novembro.O Infogripe é elaborado com base nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios.
A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar dificuldade respiratória e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.
Esse quadro pode eventualmente ser desencadeado pelo rinovírus, um agente viral altamente contagioso que causa boa parte dos resfriados comuns. Na maioria das vezes, o indivíduo infectado desenvolve sintomas leves, podendo apresentar coriza, dor de garganta, tosse, espirros e congestão nasal. No entanto, alguns casos podem evoluir para a SRAG, sendo que as crianças pequenas estão entre os grupos mais suscetíveis.
Ocorrências de SRAG envolvendo crianças e adolescentes também registram sinal de alta no Espírito Santo, Goiás, Amazonas e Amapá. No entanto, nesses estados, ainda não há dados laboratoriais que permitam identificar as causas. “É possível que esse aumento esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças, como o rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) ou Metapneumovírus”, avalia a Fiocruz.
Considerando o conjunto das ocorrências em todas as faixas etárias, 11 estados sinalizam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. A publicação indica ainda leve aumento das notificações de SRAG desencadeada pelo vírus influenza B em todo o país, embora o total desses casos não seja muito expressivo.
De outro lado, as ocorrências associadas à covid-19 estão em queda em praticamente todos os estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A exceção é o Rio de Janeiro, que registra sinal de retomada do crescimento dos casos, sobretudo entre os idosos.
Desde o início do ano, já foram registrados no Brasil mais de 72 mil ocorrências de SRAG com exames positivos para algum agente viral. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas analisadas, a prevalência foi de 11% para influenza A, 11,1% para influenza B, 4,9% para vírus sincicial respiratório (VSR), 36,8% para rinovírus e 24,2% para o coronoavírus causador da covid-19.
Considerando apenas os casos que evoluíram a óbito, 56,3% estão associados à covid-19. As mortes também foram relacionadas com a influenza A (16,3%), a influenza B (11,2%); VSR (0,5%) e o rinovírus (7,4%).
Fonte: Bahia.ba