Apesar de problemas ortopédicos em adultos e idosos serem mais comuns do que em crianças, o cuidado com a saúde dos ossos não deve ter início apenas nessa fase da vida. Pelo contrário: o acompanhamento durante a gestação e a primeira infância é fundamental para a identificação precoce de doenças que podem acometer as crianças, como o raquitismo (amolecimento e enfraquecimento dos ossos) e deformidades nos membros e na coluna.
“O ortopedista pediátrico deve acompanhar o bebê desde o período pré-natal, quando já pode identificar alguma alteração na estrutura esquelética, principalmente nos pés, quadril e coluna”, diz Matheus Azi, gerente médico do Hospital Ortopédico do Estado. Ainda na barriga da mãe, muitas síndromes ou complicações podem ser diagnosticadas.
Após o nascimento, em alguns casos – como quando há identificação de fêmur curto ou encurtamento da perna -, pode haver, inclusive, a necessidade de uso de uma prótese infantil. “Algumas doenças congênitas e principalmente traumas levam a necessidade do uso de próteses, que devem ser trocadas à medida que a criança cresce ou o material sofre algum desgaste”, revela Matheus Azi.
Em cinco meses de funcionamento, o Hospital Ortopédico do Estado, que é gerido pelo Einstein, e que atente exclusivamente pela central única de regulação, já realizou 470 atendimentos na pediatria, alguns deles com intervenções utilizando os chamados OPME (órtese, prótese e materiais especiais), como as cinco cirurgias de osteogênese imperfeita, também conhecida como “ossos de vidro”.
“O principal benefício da consulta regular com um ortopedista pediátrico é o diagnóstico precoce e o tratamento já na primeira infância. Nesse momento, os ossos e toda estrutura ainda estão em formação, permitindo um tratamento mais assertivo”, destaca o Matheus.
Outra fase importante é quando a criança começa a dar os primeiros passos. A família deve ficar atenta a alguns sinais como mancar sem um motivo aparente, dor ao se movimentar, problema na postura e no formato dos pés.
“No Hospital Ortopédico do Estado temos uma equipe multidisciplinar em ortopedia pediátrica, que trabalham em conjunto para garantir não só um diagnóstico precoce e assertivo, como o tratamento adequado para cada paciente que chega pela regulação”, destaca Matheus. “O cuidado, acompanhado por diversos profissionais, é fundamental para que todas as necessidades do paciente sejam consideradas e atendidas e, com isso, os desfechos do tratamento sejam positivos, garantindo qualidade de vida”, finaliza.
Sobre o Hospital Ortopédico do Estado
Inaugurado em 04 de março de 2024, o Hospital Ortopédico do Estado, unidade do Governo do Estado da Bahia gerida pelo Einstein, tem estrutura montada para ser o maior hospital estadual especializado em Ortopedia e Traumatologia do Brasil. Localizado no bairro do Cabula, em Salvador, oferece serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados, referenciados pela Central Estadual de Regulação nas situações de Urgência e Emergência, e pelo Sistema de Regulação Ambulatorial em casos eletivos.
A unidade conta com 212 leitos e está equipada com a mais moderna tecnologia para diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes nas áreas de traumatologia, ortopedia e medicina esportiva. Além de 13 salas cirúrgicas, o hospital possui ressonância magnética, tomografia, ultrassom, raio-x e uma piscina aquecida para fisioterapia aquática.
O Hospital Ortopédico do Estado é a primeira unidade hospitalar administrada pelo Einstein na região Nordeste. Fundado em 1955, o Einstein é uma sociedade civil sem fins lucrativos dedicada à assistência à saúde, ensino, pesquisa e inovação e responsabilidade social, e trabalha para melhorar a equidade da saúde no país.