Todo mundo compra óleo de motor levando em conta o grau de viscosidade indicado na embalagem: 5W-30, 10W-30, 15W-40 e assim por diante. Há quem se lembre de considerar se o lubrificante é mineral, sintético ou semissintético. Porém, apenas esses dois parâmetros não são mais suficientes para escolher o óleo certo para o seu carro.
Qualquer motor atual, até mesmo os 1.0 3-cilindros de entrada, é projetado e construído para poluir menos e gerar mais potência do que seus equivalentes de décadas atrás. A eficiência energética não é mais um objetivo, mas uma obrigação. Portanto, as classificações de desempenho e normas de aprovação da fabricante do veículo passaram a ser fundamentais.
Quais são as funções do óleo do motor?
O óleo do motor tem como principais funções reduzir o atrito entre as peças móveis internas, fazer a vedação entre os pistões e os cilindros, auxiliar no controle da temperatura na câmara de combustão e limpar possíveis depósitos e impurezas nas áreas onde circula.
Em motores atuais, o lubrificante também é responsável pelo acionamento hidráulico de componentes como variadores de fase do comando de válvulas (VVT), tuchos hidráulicos, tensionadores de corrente, entre outros. Para que o lubrificante possa cumprir esses papéis, seja com o motor frio ou quente, é necessário que ele seja multiviscoso.
Ou seja, ele precisa preservar suas propriedades de escoamento dentro da ampla variação de temperatura de funcionamento do motor.
O que significa o código de viscosidade do óleo?
Conforme o padrão determinado pela SAE (Society of Automotive Engineers) e seguido mundialmente para óleos multiviscosos, o número à esquerda informa a viscosidade a frio, acompanhado da letra W, que significa “winter” ou “inverno”. A dezena à direita indica a viscosidade a quente.
Por exemplo, em um óleo de grau SAE 5W-40, o “5W” representa a viscosidade a frio e o “40”, a viscosidade a quente. Quanto menor o número, menos viscoso é o lubrificante naquela condição. Se comparar as viscosidades 5W-40 e 10W-30, a primeira é menos viscosa a frio (5W contra 10W), mas é mais viscosa a quente (40 contra 30).
Qual é a diferença de um óleo mineral, semissintético ou sintético?
O óleo mineral é derivado diretamente do petróleo. O sintético, por sua vez, é obtido através de processos químicos diversos para se obter o óleo-base. Por ter uma estrutura molecular mais avançada, os óleos sintéticos possuem melhor estabilidade física e química, além de maior desempenho de lubrificação.
Já o semissintético é um composto entre óleos minerais e sintéticos que surgiu como uma alternativa de melhor custo-benefício em algumas faixas de mercado. É interessante notar que dois óleos com a mesma viscosidade SAE e a mesma base podem ser bem diferentes entre si devido aos aditivos.
Qual é a importância da norma da montadora para o óleo do motor?
Embora os graus de desempenho ACEA, API e ILSAC sejam muito importantes, a norma da fabricante do veículo, quando houver, se sobrepõe a essas classificações. Afinal, é o fabricante do veículo quem projeta e homologa o lubrificante final a ser utilizado em seu motor.
Por exemplo, a Volkswagen utiliza normas como VW 505.00, 508.88, 509.99; a Ford tem a norma WSS-M2C948-B; a General Motors possui o Dexos 1, entre outras. Óleos de motor com essas normas são os mais indicados para suas respectivas aplicações. Além disso, sempre escolha o lubrificante de acordo com as classificações de desempenho mencionadas anteriormente.
Nunca use um óleo com viscosidade diferente do indicado no manual. Cada motor tem sua especificação de lubrificante ideal. Alterar a viscosidade pode prejudicar o desempenho do veículo.
Passos para escolher o óleo de motor adequado
- Verifique o manual do veículo para a especificação correta.
- Considere as classificações de desempenho ACEA, API e ILSAC.
- Prefira lubrificantes que atendem às normas da montadora.
- Evite misturar diferentes tipos de óleo.
- Fique atento às especificações de viscosidade.
Dicas importantes sobre a troca de óleo
- Aqueça o motor antes da troca de óleo.
- Escolha o filtro de óleo correto.
- Jamais use aditivos paralelos.
- Realize a troca completa do óleo antigo.
- Seguir a especificação original mesmo para motores com alta quilometragem.
Fonte: Terra Brasil
