“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície.” (Mateus 23.27)
Todos somos pessoas comuns, marcados por limitações muito semelhantes, problemas que mais nos igualam do que diferenciam. Todos temos uma gordurinha a mais, uma ruga indesejada, nossos indicadores de saúde não são perfeitos, temos temores secretos, pensamentos impublicáveis, sejam por lascívia, ira ou inveja, mas os temos, ainda que esporadicamente! Enfim, somos imperfeitos. Mas dentro de nossa imperfeição há algo que pode nos dividir: o modo como lidamos com isso! Podemos agregar à nossa imperfeição a hipocrisia. E isso seria um desastre total!
Jesus condenou a hipocrisia dos fariseus e condenará a nossa. Ele nos oferece graça para nossa imperfeição, mas nossa hipocrisia ele não aceita. Ser hipócrita é a opção de parecer aos outros o que não somos, é fingir, negar e ocultar nossa imperfeição. É quando por fora damos a entender que está tudo bem, mas por dentro tudo é muito diferente. Jesus condena essa maquiagem, esse fingimento. A falsificação de nossa moral trás consigo a intolerância com quem deixa transparecer suas fraquezas. A auto condescendência produz desamor para como próximo.
Quando agimos assim, apenas acrescentamos podridão à nossa imperfeição. Não precisamos (e nem devemos) expor gratuitamente nossas fraquezas, mas não devemos agir como se fossemos melhores ou superiores aos outros. Não devemos fingir o que não somos. Devemos ter clareza de nossa imperfeição e arejar nossa alma falando dela com Deus e sendo sinceros conosco mesmos. Não devemos vender uma imagem falsa, que convence os outros do que não somos. Somos chamados para ser vasos de benção e não sepulcros caiados.