Após a primeira e segunda guerra mundial a terceira página da história, começou a ser escrita com a invasão da Ucrânia. Putin enganou o Ocidente até perto do ataque, ele tem seus recônditos, como todos nós, onde ninguém se aventura, nem mesmo ele, mas que lá estão: a noite da infância, os fracassos, as renúncias. De repente, uma ventania rebenta na alma e a ambição de transformar a Rússia em uma superpotência como os Estados Unidos e China aparece.
A verdade é una, o erro, múltiplo. Não por acaso a direita professa o pluralismo. Aos olhos dos pensadores de direita, o privilégio é o único dotado de uma verdadeira existência. Quanto aos não privilegiados, ele é designado habitualmente pelo vocábulo: as massas, e não se lhe concede senão uma realidade a exclusão, a morte.
Estas massas de ucranianos começam uma nova fase de suas vidas, que parecem intermináveis pois embrutecida pela ganância de poder de um homem e seu regime, terão em cada despertar novas dores. Penso nestas massas, nas crianças, nos fracos, nos fortes e a cada momento reinventamos o mundo, reinventamos a nós mesmos.
Era apenas uma mulher com dentadura postiça e um marido velho – que num piscar de olhos estava morto como os outros, ou pior, sentado numa cadeira de rodas. A morte parece mais inaceitável quando a vida perdeu sua nobreza. O tirano Putin, louco por seus triunfos.
Eu assisto impotente. ao jogo de forças estranhas: a história, o tempo, a morte. O mundo com ele sobrevivemos ou explodimos, conforme nossa posição nele se do lado do poder ou das massas.