Greve reduz produção de petróleo, diz sindicato

Mais da metade da produção de petróleo baiana está paralisada após a adesão dos trabalhadores da Petrobras da Bahia à greve nacional, segundo o coordenador do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), Deyvid Bacelar. O sindicato da categoria afirma ter cortado pela metade a produção do sul e do norte do estado, desde o domingo.

Ainda segundo o sindicato, 80% dos 13 mil trabalhadores terceirizados e 10 mil efetivos da Petrobras aderiram à greve no estado. “Por enquanto, na Bahia, reduzimos significativamente a produção de óleo em três dias. Há uma termelétrica que não está produzindo para o sistema. Há redução da carga de produção de fertilizantes do Polo Industrial de Camaçari”, afirma Deyvid Bacelar.

Além da produção de petróleo, Bacelar afirma que a paralisação de parte das atividades da BR Distribuidora e da Transpetro ameaça a distribuição de derivados de petróleo em cidades como Jequié e Jacobina.

“Fizemos audiências com o Ministério Público do Trabalho para estabelecer um acordo de greve para efetivo mínimo, cotas de produção para garantir os produtos, mas infelizmente a Petrobras se recusou a participar”, diz o sindicalista. Até o fechamento desta edição, a Petrobras não se pronunciou sobre o números do Sindipetro.

Nacionalmente, a categoria pede 18% de reajuste salarial. Antes da greve foi rejeitada uma proposta da Petrobras de aumento de 8,11%. Os grevistas também protestam contra o novo plano de negócios e a venda de ativos da empresa.

Na noite de segunda-feira, 2, o coordenador do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro- BA), Deyvid Bacelar, e mais dois membros do sindicato foram presos em ato de greve na Refinaria Landulpho Alves. Bacelar diz ter sido agredido durante a prisão. “Esses policiais chegaram aos nossos espaços de forma grosseira e truculenta, abordaram trabalhadores e prenderam sem motivos aparentes”, diz o sindicalista.

Através de nota, a Polícia Militar afirmou que apresentou os três acusados de desacato na 20ª Delegacia de Candeias, e após serem ouvidos pelo delegado, todos foram liberados na presença de seus advogados.

Desabastecimento

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que, no momento, não há risco de desabastecimento. “Caso haja, a ANP tomará as medidas cabíveis”, afirmou. O diretor de mercado e comunicação do sindicato nacional das distribuidoras, César Guimarães, disse que, até o momento, o movimento não impactou o abastecimento de combustíveis no país.

Paula Janay/A Tarde

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