Paralisação conta com adesão de 90%, segundo sindicato da categoria.
Serviços de concessão e renovação de benefícios foram interrompidos.
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Bahia completa 29 dias nesta terça-feira (4). A paralisação, que começou no dia 7 de julho, conta com adesão de 90% dos funcionários no estado, de acordo com estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado da Bahia (Sindprev-BA).
Na manhã desta terça-feira, os trabalhadores fizeram uma manifestação na porta da gerência do órgão no bairro do Comércio, em Salvador. A paralisação é nacional e atinge também outros estados. O G1 entrou em contato com a assessoria do INSS em Brasília, que ficou de se posicionar sobre a mobilização ainda nesta terça.
O coordenador da entidade, Edvaldo Santa Rita, informa que todas as sete gerências do estado – em Salvador, Vitória da Conquista, Barreiras, Juazeiro, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Itabuna – estão praticamente paradas.
“Tem um percentual de não adesão em torno de 10%. Todos os serviços estão suspensos, como a concessão de auxílio e a revisão de aposentadoria”, informa o sindicalista.
Com a paralisação, quem tem serviço agendado no INSS deve esperar o fim da greve para remarcar o atendimento. Segundo Edvaldo Santa Rita, o funcionário deverá reagendar o serviço com respeito à ordem do agendamento.
Os servidores da previdência pedem o mesmo reajuste salarial de 27,3% reivindicado pela categoria que integram, de servidores públicos federais, que estão mobilizados com paralisações em todo país. Segundo o coordenador do Sindprev-BA, também são pleiteadas melhores condições de trabalho para os servidores, como a mudança no sistema nacional que determina tempo limite para atendimento.
“Temos o prazo de 35, 40 e 60 minutos para cada serviço. Muitas vezes quando o trabalhador tem mais de uma carteira de trabalho, por exemplo, não é fácil para o funcionário atender rapidamente. Além disso, a demanda por serviços também é diferente em cada região do país”, explica.
O coordenador do Sindprev-BA também afirma que a categoria pede que o trabalhador, antes de ser punido por algum benefício concedido erroneamente, seja investigado por meio de abertura de um processo administrativo. Segundo ele, atualmente os servidores são penalizados sem qualquer investigação por parte do órgão. “O servidor não pode ser punido e comprometer sua renda por conta desse possível erro, tem que ter um processo disciplinar”, defende.
O sindicalista afirma que o Governo Federal se comprometeu a reverter as duas medidas, mas ainda não formalizou a promessa com a categoria. Segundo o Sindprev-BA, os trabalhadores aguardam apenas que o atendimento das reivindicações seja colocado no papel para se reunir em assembleia, a fim de decidir pelo fim da greve.
G1