Graça e paz

“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.” (Gálatas 1.3-5)

Depois de refletir sobre o Evangelho de Jesus e seu pode de nos revelar amor, aceitação e salvação, vamos considerar do que este Evangelho se constitui, suas características e fundamentos. Pois Paulo está desmascarando “um outro evangelho” que os gálatas estavam abraçando. Para orientá-los e chama-los de volta a Cristo, ele lhes ensina sobre o Evangelho que não resulta da engenhosidade humana, mas é Cristo e Sua obra. Fala da simplicidade desse Evangelho e de seu poder. Algo de que precisamos ter clareza, nesses tempos de tantas religiões, tantas igrejas, tantos livros, pastores e mestres (e tantos textos devocionais!). O Evangelho de Cristo está sendo anunciado, mas nem tudo é Evangelho de Cristo.

O Evangelho de Cristo é o Evangelho da Graça. Não é fácil falar sobre graça. Dizer que é um favor imerecido é muito pouco. A graça no Evangelho de Jesus é muito mais. É crédito, é direito de tornar-se parte do que não poderíamos jamais conquistar. A graça de Cristo faz com que gente como eu, que não aprendeu ainda a se comportar na presença do Rei, frequente o palácio (Reino de Deus), assente-se à mesa (comunhão com Deus) e seja parte da família real (filiação com Deus)! Meus modos não são compatíveis com os dos anjos, mas posso viver na presença de Deus. A graça não é um “deixa pra lá” a respeito de quem realmente sou, mas a minha aceitação por Deus, apesar de quem sou. A graça que me abençoa não transgrediu a justiça, a satisfez. Jesus recebeu a punição da justiça e me ofereceu os direitos de filho. Somos filhos da Graça!

O Evangelho de Cristo é o Evangelho da Paz. Os crentes nesse Evangelho não precisam viver sob pressão, não estão sob vigilância e não andam pelas ruas sob o peso de suas limitações. Não estão se esforçando para acumular pontos e ver se alcançam o bastante para comprar benção. Não se trata de um programa de fidelidade. É assim porque, no Evangelho de Cristo, o argumento que me leva a santidade não é pressão e nem promessa, é gratidão, é a alegria da salvação! A grandeza do amor que não mereço me constrange para viver em honra a quem me amou. O Evangelho de Jesus é diferente da lógica humana e não tem compromisso com ela. Por isso é experimentado pela fé, nos desafia a viver pela fé, a olhar mais para Cristo do que para nós mesmos.

 

 

OBS.: Precisaremos interromper esta série neste ponto. As meditações dos próximos dias nos lembrarão aspectos fundamentais da vida cristã, antes de continuarmos a tratar da Carta Aos Gálatas.

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