O Governo Federal anunciou a medida que amplia e aloca cerca de R$ 300 milhões para atender a fila de espera de montadoras interessadas em integrar o programa de desconto para carros sustentáveis. Os recursos previstos em crédito tributários vão servir para incentivar o setor automotivo do país.
A iniciativa foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira, (28).
“Estamos alocando R$ 300 milhões adicionais para nosso programa de descontos para carros sustentáveis. O programa está atingindo os objetivos delineados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao preservar empregos, facilitar o acesso da população a veículos seguros e eficientes e provocar quedas de preço no mercado automotivo como um todo”, disse Alckmin em publicação nas redes sociais.
De acordo com Haddad, o teto do programa previsto na Medida Provisória original era de R? 1,6 bilhão, com R? 100 milhões que estavam “de sobra”. Com a iniciativa de ampliar o programa, serão necessários mais R? 200 milhões em créditos tributários.
“Vai virar um programa de R? 1,8 bilhão, ainda abaixo daquilo que falamos, de R? 2 bilhões”, afirmou o ministro. Segundo ele, a reoneração do diesel, necessária para compensar os créditos tributários concedidos às empresas, não será sentida pelo consumidor na ponta. Isso porque, desde o anúncio do programa, já houve queda no valor do dólar e uma consequente queda no preço final do combustível”, explicou o ministro.
Para referendar a medida, haverá a edição de uma nova Medida Provisória, que vale apenas para carros. Segundo o painel de dados lançados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), R? 420 milhões dos R? 500 milhões em crédito tributário para a compra de carros já foram usados, ou 84% do total.
O teto de crédito para ônibus e caminhões será o mesmo. São R? 700 para caminhões (já foram usados R? 100 milhões) e R? 300 milhões para vans e ônibus (R? 140 milhões já usados). O programa tem prazo de quatro meses, mas pode acabar antes, assim que os créditos tributários se esgotarem.
Fonte: Bahia.ba