Governo dobra alíquota de IOF em operações de até doze meses

A alíquota passará de 1,5% para 3% ao ano em operações com duração de até 12 meses

O consumidor que quiser fazer um financiamento terá que pagar mais caro. Isto porque deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias uma medida provisória, anunciada na última segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que inclui um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre operações de crédito de pessoa física.

A alíquota passará de 1,5% para 3% ao ano em operações com duração de até 12 meses. Esse valor será cobrado além dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. O IOF para operações no exterior continua em 6,38%. Com essa medida, o governo espera arrecadar R$ 7,38 bilhões este ano.

A medida, segundo Levy, faz parte do esforço do governo para ajustar as contas públicas “com o menor sacrifício possível”. A projeção do Banco Central para 2015 é de expansão de 12% do mercado de crédito geral, muito próximo do que deve ter fechado em 2014.

Para o economista Antonio De Julio, o endividamento tende a aumentar. “Muita gente compra por impulso, no calor da emoção. O problema é que a pessoa só vai se dar conta do IOF quando a fatura chegar. Para quem está vendendo é indiferente, mas o consumidor vai sentir no bolso”, afirma.

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) divulgou ontem simulações dos efeitos da alta do IOF sobre o crédito ao consumidor (veja acima. Para o diretor de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a medida não desestimula o consumidor a fazer compras.

“Inflação mais alta, reajustes de preços da energia, transporte, entre outros fatores, afetam a renda e podem fazer com que as pessoas assumam dívidas. Dessa forma, o crédito será mais caro e mais difícil”, diz. Ele recomenda que o consumidor tenha muita cautela na hora de assumir financiamentos.

“Se possível, evite-os. Se fizer, pesquise e tente fazer no menor prazo. Quanto mais longo, mais juros e mais caro”.

 

 

Fonte: Correio

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