Hoje dei um profundo suspiro quando soube da morte de Glória Maria aos 73 anos. Ela como jornalista era como uma caixa artesanal, em que dentro de um mundo havia outro mundo pequenino e, no interior deste, outro mundo ainda menor. Todos esses mundos formavam um universo complexo do seu ser.
Um universo que sempre existiu e que aguardava ser descoberto por nós seus fãs. O meu eu só consigo desvendar uma pequena fração desse universo, com suas viagens, a adoção, a coragem de enfrentar a terrível doença, e com sua morte consigo enxergar um mundo espiritual imenso e belo para ela.
Mas a lenda já estava formada em torno do seu nome, pois por pura sede de vida, pois tinha muita vida, estamos sempre em busca do extraordinário, nos últimos três anos com o câncer era como se as nuvens densas e escuras estivessem pousadas em cima dela. A tensão no ar era grande mas ela continuou acendendo as luzes das velas e brindando a vida.