A criação de um novo pólo industrial pra atender a região de Feira de Santana e a implementação de um plano integrado de desenvolvimento do semiárido baiano foram anunciados como propostas pelo candidato ao governo do Estado da coligação A Bahia Tem Pressa, Geddel Vieira Lima (PMDB), na última terça-feira (31), em entrevista à Rádio Sociedade de Feira, retransmitida em cadeia para outras seis emissoras do grupo.
Segundo o candidato, além de água, o semiárido baiano precisa de tecnologia e atração de investimentos, para que sua população tenha efetivamente um processo de desenvolvimento sustentado. “Não é, por exemplo, apenas distribuindo matrizes que vamos desenvolver a ovinocultura na região. Temos que atrair empresas âncoras para garantir sustentabilidade à agricultura familiar”, disse durante a entrevista, transmitida para 150 municípios, através da Rede Baiana de Rádio, liderada pela Sociedade.
Geddel afirmou que, quando ministro da Integração Nacional no governo Lula, elaborou um projeto de desenvolvimento do semiárido, atualmente incorporado a seu programa de governo. Para ele, implantar uma estrutura hídrica, levando água a toda população, continua sendo prioridade para o sertão, mas, para efetivar o processo de desenvolvimento é preciso investir em pesquisa e levar ciência e tecnologia aos produtores, viabilizando a agricultura e a pecuária.
O candidato avaliou que Feira de Santana, segundo município do Estado e o mais importante economicamente do semiárido, não tem mais condições físicas de expansão em seu pólo industrial. Por isso considera fundamental a implantação de um novo centro industrial para atuar conjuntamente com o Subaé, influenciando o desenvolvimento de toda a região.
“O nosso conceito de desenvolvimento passa pela descentralização. A região metropolitana de Salvador não pode continuar concentrando os investimentos para expansão econômica. E atrair investimentos para centros regionais, como Feira de Santana, é essencial a essa política”.
O candidato do PMDB fez um desafio público ao seu principal adversário, o atual governador Jaques Wagner, para que cite o nome de uma grande empresa privada trazida por ele nesses quatro anos de gestão. Em sua opinião, ao contrário do ocorrido em outros estados como Pernambuco, faltou iniciativa ao atual governo para aproveitar o bom momento da economia nacional e atrair investimentos capazes de gerar emprego e renda para os baianos.
Sobre uma pergunta relacionada à Orla de Salvador, Geddel deixou clara sua discordância em relação à forma como se deu a derrubada das barracas, embora lembrasse que a retirada desses equipamentos tenha sido até bem pouco tempo uma exigência da sociedade soteropolitana, inclusive da imprensa. Em sua opinião, o processo deveria ter sido conduzido de uma forma que permitisse uma alternativa menos agressiva.
Também chamou atenção para o fato do atual governo do estado ter se mantido omisso durante todo o processo, e só agora, de forma oportunista, aparecido depois do fato consumado, sem sequer saber o que fazer. “Por que o governador não fez antes? O Estado precisa ter um projeto de requalificação da orla, pois a prefeitura sozinha não tem condições de fazer”, concluiu o peemedebista.
Fonte: Ascom do PMDB