A Petrobras anunciou, na quarta-feira, 06 de janeiro, um reajuste de 6% no preço do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras, a partir de quinta-feira, 07 de janeiro. O valor deve ser repassado ao consumidor nos próximos dias, de acordo com o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do Distrito Federal (Sindivargas).
Segundo pesquisa de preços realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 74,42 na capital – com valores de R$ 69,99 a R$ 93. Caso o aumento seja totalmente atribuído aos consumidores, os preços podem ficar entre R$ 74 e R$ 98.
Este é o 11º reajuste no preço do gás em nove meses. Em nota, o Sindivargas afirmou que o “índice com certeza terá impacto ao consumidor” e que “é impossível as empresas absorverem esse aumento”.
“Estamos sendo estrangulados em meio a tantos aumentos. Em respeito à segurança do consumidor, não podemos deixar de repassar os índices que nos são repassados”, informou o sindicato.
Aumentos em 2020
Ao longo de 2020, o preço do gás foi reajustado 10 vezes. As taxas variaram entre 5% e 5,5%. Nove aumentos realizados pela Petrobras e uma, pelas distribuidoras. O mais recente ocorreu em 5 de dezembro.
Apesar dos reajustes, houve queda no preço do botijão entre meados de 2020 e o início de 2021. De acordo com as pesquisas da ANP, em junho, o gás custava até R$ 95 na capital. Neste mês, o valor máximo chega a R$ 93.
Além dos reajustes, a variação do preço do gás no ano passado também foi influenciada pelo aumento da demanda. No período em que a população esteve submetida às regras mais rígidas de isolamento social, os botijões chegaram a faltar em algumas revendedoras, e o preço aumentou.
Fonte: G1