“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” (1 João 3.2)
Ainda não se manifestou o que havemos de ser… e, o que havemos de ser? Os planos de Deus são para nos dar vida e esperança, e jamais para nos fazer mal (Jr 29.11). A vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável. Mas para conhece-la é preciso seguir em frente. É preciso crescimento e amadurecimento – transformação (Rm 12.1-2). As vezes fazemos de Deus o que Ele não é e nem paramos para pensar nisso. E quando Deus é para nós quem Ele não é de fato, nos tornamos quem não deveríamos ser. A vida que vivemos é pobre e mais tem de aparência do que de consistência.
Podemos até ser bem ativos na fé e com isso realizarmos muitas coisas, muitas obras. Mas realizar atividades e produzir frutos para a glória de Deus são coisas distintas. Jesus disse que se estivermos ligados a Ele, como galhos a uma videira, daremos muitos frutos (Jo 15.5). Os frutos resultam da relação com Ele e tem a ver com nosso relacionamento com as pessoas. Deus nos quer frutíferos. Frutíferos para o Reino, frutíferos de modo a promover vida, de modo que sejamos instrumentos de reconciliação e restauração de pessoas. Frutíferos de maneira que nossos amigos sejam abençoados por meio de nossa vida. Frutíferos de maneira que nossa família seja abençoada com nossa presença.
Se não entendermos que ainda não chegamos lá, que ainda somos apenas um rascunho, não cresceremos e frutificaremos como Deus deseja. Estar ligado a Jesus, como Ele nos chamou a estar, não é uma experiência pacífica, linear. Somos levados à verdade e podemos experimentar grandes mudanças. Deus quer algo melhor para nós, mas nós precisamos querer também. E deixar que Ele nos tire do conforto de continuar sendo quem nos acostumamos a ser. É assim que poderemos avançar do rascunho que somos hoje, para a obra prima que Ele deseja que sejamos amanhã.