Agentes de segurança armados atuaram durante sete horas no histórico subúrbio parisiense de Saint-Denis
Autoridades disseram que sete pessoas foram detidas durante uma operação na manhã desta quarta-feira (18), em um prédio de apartamentos onde se suspeita que estariam escondidos suspeitos envolvidos nos ataques da sexta-feira em Paris. Agentes de segurança armados atuaram durante sete horas no histórico subúrbio parisiense de Saint-Denis, perto do Stade de France.
Um porta-voz do governo francês, Stephane Le Foll, afirmou que a operação foi encerrada. A identidade dos detidos ainda não foi revelada. Autoridades acreditam que pode haver ainda alguém escondido em um apartamento. Dois suspeitos morreram durante a operação, incluindo uma suicida.
Vários policiais ficaram feridos. Também nesta quarta-feira, uma reunião do gabinete de governo da França tem em sua pauta a ampliação do estado de emergência no país por três meses. A reunião de emergência também monitora as operações policiais no dia de hoje.
O presidente François Hollande decretou estado de emergência por 12 dias, após os ataques da sexta-feira. O Parlamento precisa aprovar a prorrogação da medida. A Câmara dos Deputados deve discutir o tema na quinta-feira e o Senado, na sexta-feira. O estado de emergência dá aos policiais mais poder para realizar buscas e prisões e limita reuniões públicas, entre outras mudanças.
Na Áustria, o Ministério do Interior informou que um suspeito belga buscado pelos ataques em Paris estava em uma lista de procurados da União Europeia, quando foi parado por autoridades na Áustria em setembro. A presença dele foi reportada a autoridades belgas, segundo o ministério.
O suspeito Salah Abdeslam foi registrado no sistema de informação europeu como suspeito de atividade criminal não identificada. Anteriormente, autoridades disseram que Abdeslam entrou na Áustria pela Alemanha, em 9 de setembro, com duas pessoas não identificadas.
Abdeslam, de 26 anos, é suspeito de ser o motorista de um grupo de homens armados nos ataques de Paris. O irmão dele, Brahim, estava entre os suicidas e matou um civil antes de se explodir perto de um restaurante.
Estadão Conteúdo