Brincar no Carnaval é uma forma de extravasar tudo que causa pressão na vida. Nestes dias, o folião enxerga a vida desfocada, como se usasse óculos de felicidade, como se a vida se soltasse das mãos do cotidiano e de suas obrigações. O espaço-tempo tem só postais de alegria e festa.
Neste verão quente, o sol percorre seu semicírculo flamejante, a febre de viver arde em picos, uma euforia ávida acossa a cidade. O folião fica em transe, vivendo a sensação de um sonho, no mundo do som da música.
Pouco a pouco, a Quarta-feira de Cinzas chega, e o folião se transforma para viver o cotidiano.