Fiscais apreendem cerca de 90 kg de lagostas em Porto Seguro

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Seguro, com apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa) da Polícia Militar, efetuaram a apreensão de aproximadamente 90 kg de lagostas, além de postas de tartaruga marinha e material de pesca.

A ação ocorreu no distrito de Arraial d´Ajuda, na última quarta-feira, dia 1º, a partir de uma denúncia anônima. O barco utilizado para a pesca clandestina, juntamente com material para mergulho, redes e arpões, ficará em poder do Ministério Público Estadual, até que a Justiça decida qual será a sua destinação.

Monitoramento dos barcos de pesca

O secretário de Meio Ambiente informou que a operação foi deflagrada com o propósito de coibir a pesca predatória e que na ocasião diversos crimes ambientais foram constatados. “O nosso objetivo, através dessas ações, é monitorar as embarcações de pesca, a partir das denúncias recebidas. Nesse caso, os responsáveis cometeram os ilícitos de pesca com compressor, pesca de lagosta durante o período de defeso, coleta de animais em tamanho inferior ao permitido, além da existência de partes de uma tartaruga marinha entre os peixes e lagostas”, salientando que o responsável pelo barco é reincidente em crimes ambientais.

Todavia o secretário afirmou desconhecer a existência de um suposto comércio clandestino de carne de tartaruga. “Acredito que se trata mais de uma questão cultural. Esses animais ficam presos nas redes de pesca e acabam sendo consumidos”, ressaltando que as ações de fiscalização serão intensificadas, principalmente no Parque Marinho Recife de Fora. “Receberemos nove barcos e capacitaremos os fiscais para essa tarefa”, pontuou.

Apoio do prefeito Gilberto Abade

Segundo ele, o prefeito Gilberto Abade, sensível à importância da preservação do meio ambiente, tem dado apoio no sentido de estruturar a gestão ambiental do município.

As lagostas apreendidas deverão ser doadas a entidades assistenciais. Os fragmentos da tartaruga marinha serão enviados à ONG ambiental Pat Ecosmar, para a realização de estudos, e possivelmente incinerados em seguida.

Denúncias ao órgão podem ser feitas através do telefone (73) 3268-0558 ou pelo e-mail [email protected]

O promotor Maurício Magnavita conferiu o material apreendido. “Percebemos que essas lagostas estão em tamanho abaixo do permitido”, acrescentando que o dono do barco, que estava na companhia de três menores, será processado criminalmente.

 

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