“Portanto, assim como vocês receberam a Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão.” (Colossenses 2.6-7)
O que nos torna cristãos é algo bem maior e mais valioso do que o que fazemos para Deus. O que nos torna cristãos é o que Ele fez por nós. Não é o quanto já conseguimos melhorar e ser aperfeiçoados. Ou o quanto já aprendemos ou entendemos a respeito dos propósitos de Deus ou Seu plano redentor. Mas o perdão que recebemos por meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós. Em Filipenses 1 verso 6, Paulo diz: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fl 1.6). Nesta ótica, cristão não é alguém que faz algo para Deus, mas alguém em quem Deus está fazendo algo!
É claro que um cristão será uma pessoa frutífera, que faz coisas boas, que realiza propósitos, que produz obras que honrem a Deus. Tiago disse que uma fé que não gera resultados, que não produz obras, é morta (Tg 2.26). Ele vai além: diz que a fé que apenas acredita, sem nada produzir, é o tipo de fé que os demônios têm (Tg 2.19). E tem mais: se somos cristãos, fomos chamados e enviados para dar frutos. Essa é a dinâmica do Reino de Deus. Nele não há inúteis ou infrutíferos! Jesus disse para sermos frutíferos como seus seguidores e dessa forma glorificaremos o Pai. Como uma árvore saudável, discípulos dão frutos! (Jo 15.8). Mas sem Cristo, nada podemos fazer (Jo 15.5). Por isso Paulo diz que devemos viver nele, enraizados e edificados nele. Firmados na fé nele. Como fomos ensinados.
Whatman Nee em seu antigo livro Vida Cristã Normal, diz que costumamos compreender que não podemos ser salvos sem Cristo, mas depois agimos como se pudéssemos viver a vida cristã por nós mesmos, com nossas forças apenas. Precisamos permanecer no caminho da fé, no caminho de crer e depender completamente de Cristo, nos firmando no fato de que Cristo resolveu completamente nossa questão com o Pai. Precisamos crer que somos amados e que jamais seremos rejeitados. É assim que poderemos ordenar corretamente nossa conduta cristã: em lugar de pagar o preço para pertencer a Deus, jamais viver como quem não pertence, porque Ele já pagou o preço!