Filhos de Deus, mas nem tanto!

“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” (1 João 3.1-2)

Filhos de Deus, mas nem tanto!Paulo ensinou aos cristãos de Corinto que aqueles que estão firmes e mantendo-se livres de atitudes reprováveis, que tomem cuidado pois podem cair (1 Co 10.12). Somos todos propensos a quedas e falhas. E, na verdade, somos diferentes em nossas iniquidades, mas todos as temos. Por isso somos salvos pela graça, por uma bondade e amor não merecidos. Depois de salvos, continuamos sendo beneficiários da mesma graça. Não nos tornamos autores de nossa vida cristã, bastando-nos a nós mesmos, firmes porque somos bons o bastante. Em uma de suas cartas João nos lembra disso.

Somos chamados “filhos de Deus”, não como um reconhecimento, mas como uma dádiva amorosa. É por um grande amor, que supera nossos pecados e nos dá uma graça que superabunda onde o pecado abundou, que somos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo acha estranho a ideia de pessoas se considerarem filhas de Deus, destinadas ao Sei Reino. Afinal, ele não reconhece a graça! Por outro lado, erramos, tanto quanto o mundo, quando nos vemos como se fôssemos de outra natureza, esquecendo-nos de que somos pecadores, assim como todos os demais. Se não olharmos e valorizarmos a graça provida pelo grande amor de Deus, que nos faz filhos, ainda que não sejamos o que deveríamos ser, como ensinaremos sobre a graça aos demais?

Embora “já” sejamos filhos de Deus, “ainda não” agimos apenas como filhos de Deus! Ainda pensamos, sentimos e agimos sob o impacto da queda. Estamos sempre a um pequeno passo de desonrarmos ao Deus que nos acolhe e nos trata como filhos. Essa fragilidade que nos habita deve nos ajudar a vencer o orgulho que nos distancia e nos faz estranhos aos demais pecadores. O mérito por qualquer diferença deve ser totalmente creditado à graça, ao cuidado amoroso de Deus e declarar: as portas do Reino estão abertas a pecadores. E, se nós entramos, todos podem entrar. Que você seja um sinal de que Deus perdoa e ama pecadores!

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