FILHOS DA RESSURREIÇÃO

“No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha sido removida.” (João 20.1)

O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã, escreveu o salmista (Sl 30.5). A noite dos discípulos, dos seguidores e seguidoras de Jesus, havia durado de sexta à manhã de domingo. Na narrativa do Evangelho de João, Maria Madalena foi quem primeiro teve contato com a ressurreição de Jesus. A sequência de acontecimentos narrada pelos evangelhos dá conta de anjos, apóstolos correndo ao sepulcro, notícias sendo repassadas com certo temor e dúvidas. Mas, por fim, era verdade: Jesus ressuscitou! Talvez a dúvida mais famosa tenha sido a de Tomé. Parece que o golpe da crucificação tinha deixado marcas profundas. Ele não queria nova decepção. Ele não queria apegar-se a nada que pudesse desfazer-se.

Ele não queria uma esperança apressada. Para crer na ressurreição, ele queria ver com os próprios olhos e tocar com as próprias mãos. E Jesus o atendeu. Bom para ele e para nós! Que domingo! Por um tempo Jesus dedicou-se a dar aos seus primeiros seguidores as certezas necessárias. Até que os deixou, mas não sozinhos. Nova espera, nova promessa. Atos nos conta a história. Uma história da qual também fazemos parte, todos nós que cremos. Somos crentes na história de Jesus. Em suas palavras, sinais, morte e ressurreição.

Vinte e um séculos depois somos nós! Somos os Joãos, as Marias, os Pedros, os Tomés. Todos fracos e assustados. Crendo e descrendo. Pedindo provas e buscando certezas. Não parece um sonho as vezes? Mas o Espírito Santo que foi enviado chegou também a nós. Ele nos ajuda em nossas fraquezas, pois nem mesmo sabemos orar como devemos, quanto mais viver pela fé como precisamos. Também somos filhos da ressurreição. Jesus morreu por nós e vive para sempre. Somos seguidores dele, do Caminho, com todas as nossas dúvidas e fraquezas. Assim como foram os primeiros cristãos.

Alguns deles viram a Jesus ressurreto. Comeram e conversaram com Ele. Dá certa inveja, não? E todos os demais (entre eles, nós) creram no testemunho deles. Mas um dia também o veremos. Um dia ouviremos de seus lábios: venham, entrem, a casa é de vocês! Vivemos dessa fé, dessa certeza, dessa esperança. Somos todos filhos, filhos da ressurreição. Em alguns dias somos mais fortes e em outros, mais fracos. Mas o segredo de tudo está nele. Ele nos recebeu e declarou: ninguém os arrebatará das minhas mãos! (Jo 10.28). Estamos seguros: Jesus ressuscitou! Porque Ele vive, temor não há. E eu bem sei que o meu futuro, o seu futuro, o nosso futuro está garantido porque quem nos assegura é Aquele que ressuscitou.

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