Documento elaborado pela equipe técnica da FIEB aponta tendências e identifica margem para um crescimento acima do nacional para a indústria baiana
A indústria de transformação baiana deve fechar 2022 com um crescimento de 2%, contra 0,5% projetado para a indústria nacional. A estimativa é da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O entendimento é que 2022 se anuncia como um ano de recuperação para a indústria de transformação baiana, que deve se refletir no desempenho da indústria regional como um todo. A estimativa é de um crescimento médio projetado para o segmento de 1,5% no próximo ano, também acima do nacional.
As tendências são apontadas pelo estudo Cenários Brasil – Bahia 2022, elaborado pela Superintendência da FIEB por meio da Gerência de Estudos Técnicos, que levou em conta os dados da economia regional, os indicadores econômicos e o contexto internacional.
Um dos setores que devem impulsionar o desempenho da indústria de transformação baiana é o de refino de petróleo. O superintendente da FIEB, Vladson Menezes, acredita que consolidada a aquisição da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) pela iniciativa privada, a produção deve ser retomada e voltar à capacidade total em 2022, assegurando esta perspectiva de recuperação.
A FIEB também aposta no bom desempenho das indústrias de celulose, química e de bens de consumo. Os investimentos na produção de energia eólica e solar, e na indústria extrativa mineral também devem se manter elevados.
“O único dos grandes setores que devem desacelerar em 2022, apesar de ter se mantido aquecido nos dois últimos anos, é o da construção civil”, pontua Menezes, refletindo os efeitos do aumento dos juros.