Festivais

Festivais

No final dos anos sessenta, eu era garoto, mas lembro bem de assistir na TV ainda preto e branco, os festivais de música popular da Record: Os Mutantes tocando “Ando meio desligado”, Jards Macalé, defendendo “Gotham City”, Raul Seixas cantando “Let me Sing my Rock’n’ roll”, o Ivan Lins com “Agora”, o MPB4 com “Amigo é pra essas coisas” além do maestro Erlon Chaves e a Banda Veneno com o hino “Eu quero mocotó” foi o ano do estouro da onda Black power e soul music no mundo.

Este período para a música brasileira parecia que de uma hora para a outra todas as suas estrelas tinham se alinhado no céu devido ao nascimento de tanta qualidade musical. Sabes quanto durou essa efervescência música? Talvez quatro anos. É duro de ouvir, mas não há nada eterno neste mundo, nada, nada. Os momentos históricos mais criativos, na minha visão estavam ali, mas morrem com o tempo. Naquela época os cantores e compositores sacrificavam o repouso, rebelavam-se, pela paixão pela música.

Sobretudo, agora que vivemos em um mundo com uma sociedade transitória, em ressignificação, que a criatividade pode ser tecnológica e os mentirosos prosperam pelo plágio e falta de criatividade. A música tinha vida própria, havia uma paixão verdadeira, exclusiva e ardente, subitamente, volto a ser garoto assistindo na TV preto e branco os festivais da Record.

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