Está chegando o São João, é uma festa antiga, mas vivemos um novo século, o formato mudou sendo o forró misturado com o trio elétrico, no interior dançam nas quadrilhas, enquanto outros casais ficam pelos cantos, com vários corações se sincronizando, em amor.
É quando, diria Caymmi, a morena se encolhe e se chega pro lado, querendo agradar. Todos os erros que se cometem são esquecidos e perdoados no tempo porque, entre dois São Joãos, as coisas que acontecem são de tamanha gravidade que não há pecado ou ato de virtude que valha um ano de lembrança.
E assim corre a festa, cada um com a sua felicidade. Todos esquecidos do necessário sacrifício por um Brasil melhor, noticiado diariamente, pelos jornais.
Mas, neste São João quase pós-pandemia, se o que te inquieta é o sossego, agita- te dentro de ti mesmo. Depois, em volta de ti.
Cria um caso, namora, foge para o interior. De noite, vai a um forró, pede uma bebida fechada, como um quentão e todos te olharão empolgados. Depois de se embriagar com a festa, comendo canjica, amendoim e milho verde, com a alegria das músicas, de sanfona, zabumba e triângulo, seus dias serão ritmado pela experiência única da tradição nordestina.