“Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram; e nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. Algumas das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram que tinham tido uma visão de anjos, que disseram que ele está vivo. Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram.” (Lucas 24.20-24)
Os discípulos no caminho de Emaús estavam decepcionados. Jesus se aproximou deles enquanto caminhavam e eles abriram o coração, sem reconhecê-lo. A situação para eles era mais ou menos a seguinte: “Nós acreditávamos que Jesus mudaria a história, mas acabou morto pelos líderes do povo. Ele nos parecia tão poderoso, falou com poder e realizou milagres, mas acabou morto. Algumas mulheres nos disseram que o corpo dele sumiu e que viram anjos. O corpo realmente sumiu, mas não temos mais certeza de nada. Já faz três dias que ele morreu e o melhor que temos a fazer é retomar nossas vidas. O sonho acabou!”. Eles não conseguiam lembrar-se das palavras de Jesus sobre a ressurreição. Eles não criam.
Dois mil anos depois nossas atitudes como discípulos de Jesus talvez sejam semelhantes. Lembramo-nos pouco e cremos pouco no que Jesus disse e fez. Temos templos, livros, músicas, eventos e tantas outras coisas, tudo em nome da fé que dizemos ter em Jesus. Mas enfrentamos a vida mais influenciados pelos fatos e circunstancias do que pela fé que dizemos ter. Agimos como qualquer pessoa agiria. E há até quem não creia, quem não siga a Jesus, e enfrente a vida de forma ainda mais sóbria e corajosa que nós. Não sabemos perder, não sabemos viver nossa dor, não sabemos superar feridas e tantas outras coisas, porque não temos crido o bastante para olhar para Jesus e seguir seus passos. Falta-nos a fé que nos faz confiar em suas palavras.
Declaramo-nos crentes em Jesus, mas não revelamos em nossa vida a beleza amorosa e misericordiosa que o caracteriza. Falamos (e cantamos) que Seu Nome é poderoso, mas não o bastante para perdoarmos, servirmos, andamos mais uma milha, doarmo-nos, em nome de Jesus. Jesus disse: “para me seguirem vocês precisarão negar a si mesmos”, mas quantas vezes fazemos isso ao longo de uma semana? Que fé é essa nossa fé? E, afinal, o que é fé? Tiago disse que fé sem obras é morta. Poderíamos dizer que fé sem obras é falta de fé, é incredulidade, e produz muitas obras. Lembre-se mais do que Jesus fez e disse. Oriente-se por isso! Os discípulos estavam indo para Emaús porque não creram na ressurreição. Para onde você está indo agora? É por fé ou falta de fé?