Fé, amor e obediência

“Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” (João 14.21)

Como podemos amar a Deus? Deveríamos nos ocupar mais desta pergunta pois o grande mandamento está relacionado a isso: amar a Deus. E amá-lo, não de qualquer forma, mas no superlativo: envolvendo todo o coração, toda a alma e todo o entendimento (Mt 22.37). Jesus perturba ao dizer que quem ama qualquer pessoa, ainda que pai, mãe ou mesmo filho ou filha, mas do que a Ele, não é digno dele (Mt 10.37). Mas como não dizer isso se Ele é o “Deus Conosco” e a Deus devemos amar no superlativo?! É sobre esse mandamento que Ele estava falando! E como mostramos o quanto amamos? Pela obediência. Nem toda obediência é amorosa, pois podemos obedecer sem amor, por medo ou interesse, por exemplo. Mas o amor a Deus sempre nos levará à obediência a Deus.

Por isso devemos compreender que nossa dificuldade em obedecer explica-se por nossa falta de amor. Não se trata do quanto somos fortes ou fracos, mas do quanto amamos ou não. Depois de ser traído por Pedro, Jesus não lhe perguntou se havia aprendido a lição e agora estava mais forte. Ele perguntou: “Pedro, você me ama?” (Jo 21.15). Seria o amor que lhe firmaria os passos e nada mais. Está ai nosso grande desafio: amar a Deus. Ele não vai nos ameaçar e nem impedir nosso caminho quando quisermos desobedece-lo. Ele vai nos respeitar e esperar por nosso amor. Seu incentivo para nós é Sua graça e amor oferecidos sem garantia de que corresponderemos. Muitas sementes se perdem, mas Ele persiste em semear.

Mas, se amarmos e isso se revelar em nossa obediência conheceremos o amor de Deus em um novo nível. “Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” disse Jesus. É no amor que a vida cristã acontece e esse acontecimento chama-se “comunhão”, vida partilhada entre Deus e seres humanos! E este amor nos envia uns aos outros, pois a obediência a Deus nos levará ao amor ao próximo. Se não for assim é porque nossa obediência não foi por amor, mas por outra razão. Obedecer por amor leva-nos também a um profundo senso de pertencimento, fazendo crescer em nós a certeza de que estamos “nas Mãos de Deus” e que nada pode nos tirar de lá. É o céu vindo a nós e nos habitando, antes de podemos nele habitar. É assim a fé cristã: amor que leva à obediência e fortalece a comunhão entre Deus e pessoas e de pessoas entre si. No mais, é pura religião, cheia de ritos e vazia de vida.

 

 

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