Fazer o bem e ser bom

“Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança.” (1 Pedro 3.9)

A fé cristã é relacional e relacionar-se é desafiador. É mais fácil se sair bem nos negócios do que construir um relacionamento saudável e duradouro. É mais fácil aprender a usar as leis e a fazer discursos do que aprender a respeitar os diferentes e aqueles de quem discordamos. É mais fácil controlar uma máquina complexa do que a própria língua quando, por alguma razão, não gostamos de alguém. Mas a vida cristã nos chama a edificar relacionamentos e nos estimula a fazer o melhor para isso em cada situação. Somos ensinados a amar e a jamais nos vingar. O amor deve ser praticado mesmo em relação aos que se fazem nossos inimigos, mesmo em face dos que agem para nos prejudicar. Somos sempre incentivados a encontrar formas de não retribuir mal com o mal. É nessa linha que o texto de hoje nos orienta.

As Escrituras não proíbem de nos sentirmos feridos, magoados e tristes quando alguém nos fere. Ela não desconsidera que somos humanos. Podemos nos sentir indignados, revoltados diante de uma injustiça sofrida, irritados diante de provocações. Também não se trata de reprimir nossas emoções e engolir todos os sapos com um sorriso no rosto. Trata-se de aprender a lidar com as adversidades. Trata-se de aprender o caminho do amor ao ponto de gerenciarmos com maturidade e sabedoria a nós mesmos, em lugar de nos tornar agressores e vingativos. Não se trata de uma castração emocional, negação adoecida e desumana, mas de manifestar os frutos da comunhão com Deus, da consciência do amor e graça imerecidos. Os caminhos do Evangelho são desafiadores, mas são muito melhores, compensadores e produzem felicidade.

Seguindo o Evangelho aprenderemos a ser pessoas mais equilibradas, com maior domínio próprio. Ainda que outros se façam nossos inimigos, não nos faremos inimigos deles. Creio que o Espírito Santo, que é o Ajudador, o Instrutor Celeste, está pronto a nos ensinar e incentivar. E quanto mais aprendermos, mais saudáveis seremos e mais capazes de amar e reagir corretamente seremos. Pois ser amável e bondoso não se trata de pura obediência, independente do tipo de pessoas que somos. Assim como a falta de amor e bondade é mais que apenas desobediência a um mandamento! É a manifestação do caráter, a revelação do tipo de pessoa que se é. A proposta do Evangelho é nos transformar em bondosos para que pratiquemos um bem. Enquanto obedecemos, somos transformados e, na medida que somos transformados, obedecemos. Deixe o Evangelho transformar você. Comece obedecendo, mas busque transformação. Pois é disso que se trata o Reino de Deus.

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