Famílias serão orientadas sobre como estimular crianças com microcefalia

As crianças serão tratadas nos mais de 1.500 centros especializados em reabilitação espalhados pelo país

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (13) uma orientação para a área médica destinada à estimulação precoce de crianças entre zero a três anos com microcefalia. Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, o documento unifica o tratamento dado para reduzir ao máximo as sequelas da malformação. Os pais serão treinados para dar estímulos adequados aos filhos.

O documento foi elaborado em razão do aumento do número de crianças com a malformação, em decorrência da chegada do vírus Zika ao Brasil. Outros protocolos de atenção à criança com retardo no desenvolvimento existem no Brasil, porém, este é específico para bebês com microcefalia.

O ideal é começar o acompanhamento logo depois do nascimento da criança, mas, de acordo com Beltrame, se todas forem atendidas com até um mês de vida o serviço será satisfatório.

“De zero a três anos, a criança tem uma janela de oportunidades em que a estimulação precoce pode mudar o curso do desenvolvimento ou da consolidação de um eventual falha no desenvolvimento. Esse é o momento essencial em que a maturação neurológica do recém-nascido até os três anos é extremamente importante”, explicou o médico.

Segundo o Ministério da Saúde, em todo o país, há mais de 1.500 centros especializados em reabilitação, locais onde as crianças terão tratamento especializado.

O secretário disse que o conteúdo das normas é simples e conta com o apoio da família da criança, que deverá fazer estímulos em casa, de agentes de saúde, e também de especialistas, como médicos, fisioterapeutas, entre outros.

Toda criança com suspeita de microcefalia deve iniciar o tratamento o mais rápido possível, mas, posteriormente, se for descartado o diagnóstico, o acompanhamento pode ser suspenso. Há crianças com a malformação relacionada ao Zika com comprometimento da visão, da audição, da cognição, malformações cardíacas e de membros.

 

 

Agência Brasil

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