Exame será refeito. Familiares dizem que 1º exame de DNA foi incompatível com o filho. Outras amostras foram enviadas para o Rio de Janeiro.
O corpo do segundo-tenente Carlos Alberto Figueiredo, morto no incêndio da base brasileira na Antártica no último sábado (25), não tem previsão para ser liberado. Segundo familiares da vítima, falta a conclusão de exames no Rio de Janeiro para concluir a identificação do corpo. Os parentes de Carlos Alberto que estavam no Rio de Janeiro desembarcaram quinta-feira (1) em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, acompanhados de uma assistente social da Marinha.
Ainda de acordo com os familiares de Carlos Alberto, o primeiro exame de DNA feito com o material genético de um dos filhos foi incompatível. Outras amostras, dessa vez da mãe e da irmã da vítima, foram enviadas para o Rio de Janeiro para a realização de novos exames.
“A gente teve dificuldade com a identificação do corpo através do DNA, é um processo um pouco demorado, o IML do Rio de Janeiro, apesar da boa vontade, só consegue dar o resultado após um período de oito a quinze dias”, explica Vinícius Figueiredo, filho de Carlos Alberto.
Procurada pelo G1, a assessoria da Marinha disse que não tinha novos dados sobre o caso, mas ficou de confirmar as informações passadas pelos familiares de Carlos Alberto.
Homenagem
Os dois militares mortos no incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados na terça-feira (28), no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff, e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha. Carreira militar
Carlos Alberto Figueiredo estava há 29 anos na Marinha e a previsão era de que ele se aposentasse no próximo ano, segundo informações de seu filho. O segundo-tenente foi enviado para a Antártica em março de 2011 e deveria voltar ao Brasil no próximo mês.
De acordo com o relato do filho, Carlos Alberto se comunicava diariamente com a família, tanto por telefone quanto pela internet, e na última conversa teria reforçado o retorno dizendo que as malas já estavam arrumadas.
Entenda o acidente
A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada de sábado (25), que matou dois militares e feriu um. A Marinha do Brasil afirmou em nota no domingo que 70% das instalações da estação foram destruídas.
Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.
Fonte: G1, com informações da TV Sudoeste