Os cenários políticos mudaram. O eleitor mudou. A linguagem se modernizou. O eleitor nunca foi tão protagonista como agora. Mais exigente consciente de seu papel, ativo e poderoso, o eleitor brasileiro mostra que, ao longo do tempo, tem aprimorado sua forma de escolher quem o representa nas mais variadas esferas de poder. A história recente está aí, para não nos deixar mentir. Collor e Dilma, também.
Essa foi uma das discussões do seminário ‘Soluções para uma campanha vitoriosa’, projeto desenvolvido Casamarela Comunicação Integrada e Fernando Carreiro Consultores Associados, em parceria com o consultor político Dilvan Coelho, e que reuniu, no sábado, 8 de agosto, em Mucuri, prefeitos e pré-candidatos de 30 municípios do extremo sul da Bahia. No encontro, discussões sobre as conjunturas política e econômica brasileiras; como conquistar o eleitor gastando muito pouco; a organização de campanhas modernas; e o chamado ‘Marketing 3.0’, que impõe uma nova ordem mundial a partir de uma linguagem voltada para o ser humano e uma nova forma de se comunicar.
“Começou já faz algum tempo, de forma tímida, a implementação do marketing 3.0, que teve seu conceito ampliado na campanha de Barack Obama, nos Estados Unidos, oito anos atrás. O eleitor mundial não tem recebido tão bem as campanhas eleitorais padrão, engessadas, distantes. Somos humanos e queremos ter representantes que sejam gente como a gente. Essa nova linguagem – mais informal coloquial e próxima do eleitor – é o tom das próximas eleições. E a nossa missão é antecipar essas tendências”, explicou o jornalista e consultor de marketing político Fernando Carreiro.
“Ter uma campanha organizada é meio caminho andado para a vitória nas próximas eleições. O candidato também precisa estar sintonizado com os novos tempos e estar bem orientado”, salientou Dilvan Coelho.
Para a empresária de marketing político Bete Rodrigues, da Casamarela – que ajudou a eleger todos os governadores do Espírito Santo nos últimos 25 anos e fez a campanha de Paulo Souto (DEM) para o governo da Bahia em 2010 e mais de uma dezena de prefeitos do extremo sul baiano -, os últimos acontecimentos no Brasil exigiram mudanças na condução das campanhas eleitorais. “Neste fim de semana, os municípios baianos tiveram um encontro com o novo. Estamos antecipando os novos tempos do marketing político e da comunicação digital. No atual cenário político e econômico é impossível falar de campanhas caras e desconectadas das redes sociais. O mundo mudou, o eleitor mudou, as campanhas eleitorais mudaram, mas os valores continuam os mesmos.”
A proposta do grupo de marketing político é realizar outros encontros regionais como esse na Bahia e em outros Estados.
Repórter Coragem