Estudantes da rede estadual de ensino participam de encontros literários em três municípios baianos

Estudantes da rede estadual de ensino participam de encontros literários em três municípios baianos
Estudantes da rede estadual de ensino participam de encontros literários em três municípios baianos. Foto Ilustrativa: Claudionor Jr Sec/Ba

Mais três encontros literários acontecem, ao longo desta semana, na Bahia, nas cidades de Andaraí, Antônio Cardoso e Aratuípe. Apoiados pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), os eventos são vitrines para que os estudantes da rede estadual possam mostrar seus talentos e suas habilidades, através das distintas linguagens artísticas e culturais. Trata-se de uma forma de fundamentar tudo o que eles vêm aprendendo, por meio dos projetos estruturantes implantados nas unidades de ensino, seja pela música, dança e literatura ou pelo canto e teatro.

A abertura da terceira edição da Feira Literária de Andaraí (FLIAN) acontece na noite desta quarta-feira (22). Até sábado, nos espaços culturais e educacionais da cidade, o lema será um só: “a leitura faz andar o mundo”. A programação diversificada movimentará o público presente através de conferências, rodas de conversas, oficinas, contação de histórias e apresentações artísticas, tendo como tema central “O Povo Brasileiro e o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia – Identidades e Resistências”, em continuidade às homenagens ao centenário do escritor brasileiro Darcy Ribeiro, celebrado em outubro de 2022.

Além de estudantes do Colégio Estadual Edgar Silva, de Andaraí, também estão participando do evento literário os alunos do Colégio Estadual Getúlio Vargas, de Barra da Estiva; e do Colégio Estadual Américo Araújo de Itaetê, que integram o Núcleo Territorial de Educação (NTE 3) de Seabra. Para o estudante Luiz Vieira, 16 anos, de Andaraí, a participação na FLIAN possibilita aos estudantes se expressarem de diversas formas, como rodas de capoeira, peças teatrais e recitais de poesia, além de shows musicais. “Os eventos culturais também fazem parte do processo educacional. É uma experiência interessante e inovadora, além de ser um meio de disseminar a cultura”, afirma, apontando também sua preferência pelo teatro, que terá três encenações na programação: “Espelho da intolerância”, “Quebrando correntes” e “Racismo, aqui não!”.

Outro evento literário que acontece também nesta semana é a terceira edição da Festa Literária de Aratuípe (FLITA). Com abertura programada para esta quinta-feira (23), movimentará o Baixo-Sul da Bahia até o domingo (26). Com o tema “Literatura e memória”, o encontro promete uma vasta programação envolvendo escolas, bibliotecas, ruas e praças da cidade, com diversas atividades como palestras, lançamento de livros, rodas de conversa com escritores, oficinas, saraus e apresentações artísticas que visam fortalecer a cultura local e popular.

Os estudantes do Colégio Estadual Professor Rocha Pita vão soltar a voz e mostrar também o talento na poesia e na dança, durante a FLITA, com dois recitais de poesia autoral, além da apresentação do coral e do grupo de dança da unidade escolar. Para o estudante e jovem ouvidor Jaime Neto, 17 anos, o evento é uma oportunidade da descoberta de talentos e incentivo à leitura. “Além de navegar em história encantadoras, nesta edição estou realizando um sonho de participar das apresentações da escola”, comemora.

Com o tema “Antônio Cardoso festeja o Bicentenário da Independência da Bahia”, a primeira edição da Feira Literária de Antônio Cardoso (FLIAC), que acontece entre os dias 23 e 24, além de celebrar o marco histórico baiano, busca também ressaltar a importância da diversidade, da inclusão, do respeito e da valorização da população do município. Um dos homenageados será o poeta cordelista Antônio Ribeiro da Conceição, conhecido como Bule-Bule, cuja obra é considerada um tesouro da literatura popular brasileira.

Entre apresentações culturais de dança e teatro e roda de conversa, os estudantes de Ensino Médio do Colégio Estadual de Campo Genivaldo de Almeida Brandão vão compartilhar também na FLIAC as suas experiências de escritas autobiográficas, ressaltando, ainda, o protagonismo ocupado por negros e negras em suas narrativas.

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