Relatório global revela Brasil como o quarto país do mundo mais afetados pelo problema
O Brasil ocupa a quarta posição no ranking global de estresse, de acordo com o relatório World Mental Health Day 2024, conduzido pelo instituto de pesquisa Ipsos. Apenas Suécia, Turquia e Polônia superam o país no índice de estresse relatado pela população.
O estresse é uma reação natural do organismo diante de situações percebidas como desafiadoras ou ameaçadoras, segundo o Ministério da Saúde. Esse estado de alerta, embora biologicamente necessário para a adaptação e a sobrevivência, pode se tornar crônico e causar impactos na saúde mental e física.
Entre as estratégias recomendadas pelo Ministério da Saúde para o controle da condição estão o acompanhamento psicológico, a prática de exercícios físicos e a alimentação equilibrada. Terapias complementares, como massagem relaxante antistress, também são indicadas para aliviar os sintomas.
Sinais de alerta e tratamento
Apesar de ser um problema comum, o estresse tem tratamento e pode ser controlado por meio de mudanças no estilo de vida e intervenções adequadas. Segundo o Ministério da Saúde, a evolução da condição ocorre em três fases: alerta, resistência e exaustão, cada uma com sintomas específicos que requerem atenção para evitar complicações graves.
Na fase de alerta, o organismo reage ao agente estressor com sinais como mãos e pés frios, tensão muscular, insônia e batimentos cardíacos acelerados. É o primeiro indicativo de que algo está afetando o equilíbrio emocional e físico.
Já na fase de resistência, o corpo tenta adaptar-se ao problema ou eliminá-lo, mas o desgaste pode causar sintomas como irritabilidade excessiva, cansaço constante, problemas de pele e alterações no apetite.
Se o estresse não é tratado, ele pode progredir para a fase de exaustão, caracterizada por comprometimentos graves, como hipertensão arterial, úlceras, apatia e impossibilidade de realizar atividades cotidianas.
Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, como vitaminas do complexo B, vitamina C, cálcio e magnésio, é uma recomendação para enfrentar os efeitos do estresse. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, verduras – como brócolis, alface e chicória -, frutas e derivados do leite ajudam a repor nutrientes perdidos durante situações de estresse.
A prática regular de atividades físicas é outra recomendação. Exercícios físicos estimulam a produção de endorfina, considerado um analgésico natural do organismo, que promove relaxamento e alivia o estresse.
Terapias alternativas, como acupuntura e massagens relaxantes, também ajudam no tratamento. Clínicas que oferecem serviços de massagem modeladora em São Paulo ou estética, geralmente, também são habilitadas para oferecer essas opções.
Essas terapias estão disponíveis em diferentes regiões do Brasil, incluindo cidades menores, onde é possível encontrar profissionais capacitados para ajudar a aliviar a tensão e melhorar o bem-estar.
Para quem precisa de suporte especializado, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento psicológico e psiquiátrico por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). A estrutura conta com unidades, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o Programa de Volta para Casa (PVC), além de hospitais e serviços de emergência.
Estratégias para gerenciar o estresse
No guia ilustrado “Fazer o que importa/o que é importante em tempos de stress”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe cinco estratégias práticas para lidar com o estresse em momentos difíceis.
A abordagem começa com “Ancorar”, que envolve técnicas para conectar-se ao momento presente. Exercícios simples, como pressionar os pés no chão, respirar profundamente e focar em objetos ao redor, ajudam a estabilizar emoções intensas e evitar que pensamentos difíceis tomem o controle
A segunda estratégia, “Libertar”, incentiva reconhecer e aceitar pensamentos e sentimentos desafiadores sem se prender a eles. Nomear emoções e redirecionar o foco para o que está acontecendo no ambiente imediato são apontados como passos fundamentais para aliviar a sensação de bloqueio emocional.
Já a etapa “Agir com os seus valores” estimula comportamentos alinhados aos princípios pessoais, mesmo em situações estressantes, promovendo um senso de propósito. A OMS também destaca a importância de “Ser gentil”, tanto consigo, quanto com os outros.
Por fim, a organização fala sobre “Criar espaço”, que consiste em encontrar momentos no dia para descansar e refletir. De acordo com a OMS, essas práticas, quando combinadas, ajudam a reduzir o impacto do estresse e promover uma vida mais equilibrada.
Por: Camila Borges