É o mal do século em um mundo de mudanças constantes, de informações e comunicação global, de inúmeras pressões profissionais e sociais acirradas pelas redes sociais, de assaltos em plena luz do dia, inclusive aqui na Graça, de fake news, feminicídios, corrupção, e tantos atos caótico.
Então, no fim do dia, procuro cerrar as pálpebras num ambiente silencioso, para os ruídos do mundo à minha volta diminuírem. Ondas de cansaço me atingem, quase como as contratações de uma mulher em trabalho de parto. Como se meus devaneios tivessem se tornado realidade. A ansiedade visita algumas pessoas em uma precipitação violenta, como uma tempestade elétrica. No meu caso, ela se insinua aos poucos, insidiosamente, como uma bruma se adensando. Quando a bruma se torna densa o bastante, ela provoca uma assustadora sensação de devaneio, em que eu me fecho e não consigo mais funcionar devido ao cansaço, então desligo o celular, que é o cordão umbilical que me liga ao mundo exterior, a vida além das paredes do meu apartamento, e procuro relaxar.