A alimentação não é a responsável pelo surgimento das espinhas. Contudo, “influencia na sua melhora ou piora”, segundo o dermatologista da Sociedade Americana de Acne e Rosácea Dr. Jardis Volpe, que afirma: quem ajusta a alimentação consegue controlar melhor a acne.
“A insulina tem um papel inflamatório e parece agravar ainda mais a inflamação e aumentar a severidade da doença”, explica Volpe, que ainda destaca o papel dos leites e derivados na piora do quadro. Por outro lado, alimentos com baixo índice glicêmico, probióticos, ómega-3 e antioxidantes parecem ter um impacto positivo no controle da doença.
Para facilitar a identificação desses nutrientes, especialistas americanos classificaram as cinco classes de alimentos que podem ter algum impacto na doença: carboidratos, leite e derivados, antioxidantes, óleo de peixe (ômega 3) e probióticos. Confira a lista do dermatologista abaixo!
MELHORA: Antioxidantes
Agem reduzindo a inflamação. São exemplos: chá verde, alimentos ricos em vitamina C, ricos em licopeno, em vitamina B3 (niacinamida) e em zinco, como brócolis e espinafre. As vitaminas A e C podem ser inseridas como suplementos via oral ou em creme.
AGRAVA: Carboidratos
Os principais inimigos são o açúcar ou os carboidratos vazios, como os alimentos feitos com farinha branca, arroz branco, batata e os derivados da cana de açúcar, não só o açúcar, que liberam insulina no sangue. Este processo libera uma cascata de eventos inflamatórios e hormonais, que causam acne. O mais indicado é ingerir pão com multigrãos, vegetais e feijões. No caso das frutas, existem algumas com alto índice glicêmico, com o é o caso da banana, melancia e kiwi. Prefira cereja, maçã ou ameixa.
MELHORA: Óleo de peixe
A ação anti-inflamatória parece ter impacto positivo na severidade das espinhas. O óleo de peixe está presente na sardinha, salmão, e o ideal é que seja ingerido de 1 a 3g por dia.
AGRAVA: Leite e derivados
Segundo Dr. Volpe, estudos comprovam que há uma associação de piora com a ingestão de leite. A ação acontece por mecanismos hormonais que promovem aumento da proteína IGF-1, o hormônio do crescimento, que é um outro pró-inflamatório do organismo. Uma alternativa para não perder o cálcio e a vitamina D inserida no leite é o consumo de leite de amêndoas ou desnatado.
MELHORA: Probióticos
São as bactérias boas do intestino. Há uma relação, neste caso, entre o intestino, cérebro e pele. Os probióticos regulam e diminuem a inflamação da pele, melhorando também a resistência à insulina. A microflora intestinal atua positivamente na pele. Pode-se usar o suplemente do probiótico em cápsulas ou um copo de iogurte desnatado todos os dias.
Fonte: Uol