Todos pensam sobre o amanhã, o próximo ano, daqui a cinco anos, daqui a dez anos. Se você diz a alguém: “O que anda fazendo?”, ele irá dizer estou em casa confinado, e, para o futuro, uma interrogação. As pessoas vivem conjeturando o amanhã, mas temos pela frente um desafio. A memória passou de uma sensação de alegria para de expectativa.
Todas as histórias do universo parecem que já foram contadas, mas teremos novos começos muito diferentes, como as existentes hoje nos lares das milhares de perdas pelo vírus. O mundo é mais vigilante, mais atento, mais desconfiado.
Espero o dia em que olhando para os amigos, não veja o coronavírus. Dor, resistência, desespero, alívio: às vezes, parece que assistimos a um desfile dos extremos da alma nos hospitais e nos lares. A alma grita, mas temos esperança. Tudo não é preto, temos o branco e muita vida, não sei se será topando umas com as outras ebulientes, mas sei que sempre existirá a fé.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.