Escolhas de fé

“Mas, se vou para o oriente, lá ele não está; se vou para o ocidente, não o encontro. Quando ele está em ação no norte, não o enxergo; quando vai para o sul, nem sombra dele eu vejo!” (Jó 23.8-9)

As Escrituras estão repletas de testemunhos de seres humanos em sua relação com Deus. Elas afirmam que Deus não muda, é o mesmo, ontem, hoje e para sempre! Nele não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.7) Mas nós não. Mudamos, precisamos mudar e devemos mudar. Nossa vida depende disso, na verdade! Para que lado vamos mudar? Uma mesma experiência pode produzir um cético e um crente, melhorar ou piorar alguém. O que decidimos fazer com o que nos acontece determina o que acontece conosco. Crer é também escolher o que fazer com nossa vida nos piores momentos. Crer é uma atitude que fortalece o que há de melhor em nós, quando precisamos enfrentar o pior.

As provações de Jó chegam ao clímax: não há mais bens, não há mais filhos, não há mais respeito ou dignidade, não há mais servos, não há mais esposa, não há mais amigos cordiais e não há mais Deus. Ele se sente sozinho. No Salmo 139 o salmista não consegue fugir de Deus. Em sua dor Jó não consegue encontrar Deus. E o que piora essa ausência é que ele sabe que Deus está ciente de tudo que está acontecendo! Como Deus, diante de toda sua dor, simplesmente vira as costas e vai embora? Não lhe permite nem mesmo entender o propósito? Este não é um tipo de Deus que mereça ser adorado! Talvez para muitos, mas não para Jó. Ele assim mesmo pertence a Deus.

Ele não amaldiçoou Deus como sugeriu sua esposa. Ainda vale sua certeza: “Sei que meu Redentor vive”. Ele está em conflito, mas ainda espera por Deus. Conheço pouco dessa estrada, e no pouco que conheço, já percebi a fragilidade de minha devoção. Diante de Jó minha consciência diz que meu culto a Deus precisa melhorar, que minha devoção a Ele ainda é infantil. Se Ele não me oferecer sinais de Sua presença, perco a fé. Se não me conceder pequenos mimos de Seu amor, fujo de Sua presença. Mas no drama de Jó, tenho a sensação de que Deus está me dizendo: “Que tal crescer um pouco mais?”

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