Epidemia: Dengue em Itabuna chega a 4.500 vítimas

Da redação

O número crescente de casos da dengue em Itabuna é assustador. De acordo com vigilância epidemiológica, já foram registrados 2 casos de dengue hemorrágica, 2 óbitos e um total de 4.540 casos confirmados no munícipio desde janeiro deste ano.

Os hospitais da cidade encontra-se com um numeroso grupo de pessoas com suspeita de dengue. De acordo com Marcia Falcão Souza, coordenadora da vigilância epidemiológica de Itabuna, apenas 40% dos casos suspeitos são confirmados após análise clínica. A indicação da secretaria de saúde para população é procurar primeiramente as unidades básicas de saúde para orientação e só depois procurar os hospitais da cidade.

Após as chuvas dos últimos dias é perceptível, até mesmo no centro da cidade, focos da dengue em lixeiras, garrafas não recolhidas e até mesmo em construções que estão paradas devido ao período chuvoso. O Disk Dengue, idealizado para realização de denúncias de focos de dengue por telefone, está fora do ar.

A Secretaria de Saúde de Itabuna afirma que o atendimento de pacientes com sintomas de dengue é eficiente e rápido nos hospitais e unidades básicas de saúde, que encaminham geralmente para o hospital São Lucas, onde o atendimento é referência em Itabuna e região. Apesar disso, muitos pacientes reclamam do atendimento precário e a falta de medicamentos nas unidades. ”Fiquei quase duas horas esperando atendimento no pronto socorro”, afirma Felipe Souza, que chegou no hospital São Lucas ás 6h da manhã da última segunda, 21, com sintomas de dengue.

A prefeitura e a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (administradora do Hospital São Lucas) foram procuradas para se posicionarem referente a questão, mas não conseguimos obter nenhuma resposta até o fechamento da reportagem.

Agentes insuficientes

A vigilância epidemiológica de Itabuna conta com um total de 240 agentes de endemias, quadro que é considerado suficiente pela prefeitura grapiúna. Contudo, algumas vítimas da dengue afirmam que não recebem visita dos agentes há mais de um ano. ”Tive dengue recentemente e num quintal ao lado da minha casa existem locais repletos de garrafas com larvas do mosquito e ninguém nunca faz nada”, afirma Felipe Souza, revoltado com a situação do bairro da Califórnia, um dos maiores em índice de infestação no município.

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